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JBC anunciar reimpressões de mangás é uma notícia legal, mas meio triste

Mais longevo que Dragon Ball Super,Boruto e até mesmo Jojo’s Bizarre Adventure, a série semanal de vídeos Henshin Online continua firme e forte todas as sextas-feiras divulgando novidades referentes à editora JBC. Mesmo com a crise editorial que fez mangás sumirem dos checklists, a plataforma de divulgação segue firme e forte com inovações de tempos em tempos (a última foi o fundo verde, que poderá permitir o editor Cassius Medauar gravar um programa enquanto finge surfar em ondas, por favor não nos decepcione JBC).

Em meio a muito Chroma Key e o editor Marcelo Del Greco exibindo suas camisetas de Cavaleiros do Zodíaco, de tempos em tempos o programa revela alguma novidade bem interessante da editora JBC. O programa exibido ontem (14), por exemplo, chamou atenção dos otakus por causa de uma notícia em especial. IKIMASU ver o print do site Biblioteca Brasileira de Mangás:

 

Basicamente a notícia fala sobre a JBC ter decidido reimprimir volumes esgotados de Fullmetal Alchemist e My Hero Academia, títulos que estão em publicação atualmente e alguns de seus volumes antigos não se encontram à venda a preço de capa em canto algum. A editora ter tomado essa atitude é muito legal, afinal é de interesse da própria JBC que uma pessoa hoje pode querer começar a comprar My Hero Academia do começo, por exemplo. Chega a ser uma estratégia burra suicida você publicar um título de vários volumes e permitir apenas que leitores que compraram na época possam continuar.

Quanto a outros mangás igualmente esgotados, principalmente os mais velhos, a situação é um pouco mais complicada (Hunter x Hunter estamos falando de você, claro), mas a JBC já tem dado uma força ao lançar parte de seu catálogo em formato digital, ou seja, teoricamente é algo infinito. Já é alguma coisa para quem procura volumes antigos de Fairy Tail.

A parte triste da notícia é justamente isso ser considerado algo excepcional. Entendo as dificuldades sobre reimpressões, ainda mais no mercado atual em crise, mas no mundo das ideias a editora manter seu catálogo sempre disponível deveria ser O MÍNIMOPelo menos a JBC e a NewPOP (que sempre reimprime seus volumes esgotados) estão fazendo alguma coisa, porque a pior coisa que poderia acontecer seria uma editora grande de mangás ver seus volumes lançados há poucos meses EVAPORANDO e ainda terceirizar a culpa e não apresentar nenhuma solução para o leitor.

Nossa, quem colocou essa imagem e esse link aqui na matéria?

15 comentários em “JBC anunciar reimpressões de mangás é uma notícia legal, mas meio triste

  1. Maisdeoitomil, você viu lá na página da Panini no facebook a Beth dizendo: “Ta escrito na capa 14.90. Voce paga a mais se quiser”? Isto foi em uma postagem sobre o último volume de ataque do titã. Imagino que ela ache que isto se estenda aos outros volumes da coleção.

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  2. Eu comprei os cinco primeiros volumes de Hunter x Hunter da JBC, mas logo desisti quando vi que vários dos volumes seguintes estavam esgotados em todo lugar. Comecei a comprar importado e já estou com 24 volumes. Doei os mangás da JBC praquela biblioteca escolar de mangás que foi matéria neste blog.

    A edição gringa começou a sair um ano antes da nacional e mesmo assim tem todos os volumes (ou pelo menos a grande maioria) disponíveis pra compra na Livraria Cultura e Amazon. Incrível, não é? Só que em cada volume é informado o ano no qual o mesmo foi impresso e o número da tiragem. O volume 17 que tenho aqui, por exemplo, é da terceira tiragem, impressa em 2016, quase dez anos depois da publicação original.

    Resumindo, baseado nessa minha curta experiência, a reimpressão de mangás esgotados parece uma prática corriqueira nos Estados Unidos, enquanto aqui no Brasil isso é visto como algo de outro mundo.

    Não manjo nada de mercado editorial, ainda mais estrangeiro. Meu palpite é que o mercado deles é mais rentável porque o povo lê mais e possui maior poder aquisitivo. Mas gostaria que alguém mais informado complementasse meu comentário, confirmando meu palpite ou me corrigindo caso eu tenha falado alguma bobagem.

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  3. @Paulo. Até que eu saiba a L&PM faz reimpressões. Scott Pilgrim teve várias, além de alguns dos poucos mangas que ela trouxe. A JBC e a Panini não fazem por má vontade. Estão contando que a gente pague 100 reais em um volume na Comix.

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  4. Triste isso. Tipo bacana a noticia, mas isso ao meu ver n é algo a comemorar, pois n é mais q a obrigação das editoras repor volumes de mangás. N é novidade, n é algo nunca antes feito, é uma simples e pura atitude comercial básica pra n só manter leitores, mas arrecadar novos. A unica q realmente pratica isso desde sempre é a New Pop.
    Isso só mostra como nosso mercado é capenga, algo q é no minimo esperado de ser habito de qualquer editora.
    “A mais tá a crise ae”. E quando n tava ? Pq n rolava essa pratica antes quando havia até uma procura maior ?
    Bem agora vamos ver se a copiona da Panini copia essa ação tbm.

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  5. Paniniminions aparecendo aqui pra reclamar das indiretas à Panini e acusar Mara de ser paga pela JBC em 5, 4, 3, 2…

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  6. @comentaria estranho: Scott Pilgrim é da Companhia das Letras. Mas sim, a L&PM faz reimpressões (tive a sorte de conseguir agorinha o Solanin, antes de esgotar again). A grande diferença é que L&PM e NewPop tratam seus mangás como livros, não como revistas. JBC já está sacando isso aos poucos, ainda não caiu totalmente a ficha. Falta a Panini…
    (tenho que confessar: preferia que Children of the Sea e Jojão tivessem saído com papel offwhite tb…)

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  7. Mas a qualidade dos mangás da panini está triste, mesmo. Não estou falando dos que custam 13,90. Mas dos que custam 21,90, como Black Clover, mas são publicados com papel jornal! Enquanto isso, vemos Pluto, com páginas coloridas, capa com orelha e papel ao menos branco e mais resistente, por 18,90!!!! Como isso, minha gente?????? E eu me enquandro na situação do texto: comecei a acompanhar Noragami a partir do volume 10, quando assisti ao anime e resolvi colecionar. Mas os volumes 1 e 2 são praticamente impossíveis de se encontrar. Dessa forma, quem perde é a editora. Somos obrigados a gastar quantidades muito maiores em sebos para conseguir as edições.

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  8. @Camila, o papel de Black Clover e outros de 21,90 não é jornal. É offwhite, um offset melhorado…

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  9. Isso é um dos pontos que brigo a tempos, a reimpressão periódica de grandes títulos,como Dragon Ball e Yu Yu Hakusho e a reimpressão desses mangás que tão a mais de década em pulbicação, tipo HUNTER X HUNTER e ONE PIECE.

    Pensa comigo, HxH tá ai nas bancas desde 2008 e nada de reimprimirem do inicio pra atrair o leitor novo e satisfazer o antigo que deixou alguns numeros pra tras. E o mesmo vale pra One Piece e seus 82 volumes (e contando).

    Enfim, que a idéia prossiga e atinga os demais títulos bacanas como Full Metal :D

    Parabans editoras, por fazerem O OBVIO

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  10. Enquanto isso,procuro pelo One Punch Man 9,que nem é tão antigo assim e só da pra achar agora vendido pelos mesmos pilantras de sempre com AQUELE preço…

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  11. Tô na caça de My Hero Academia vol 2, 3 e cia Ltda há uns bons 3 meses e não vi nem o cheiro ainda.
    Tá osso :/

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  12. Já FMA estou correndo contra o tempo pra completar a coleção antes que suma.

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  13. Alguém poderia me explicar porque é tão difícil reimprimir para o mercado brasileiro mas não para o mercado americano.

    Ainda hoje é possível encontrar todos os volumes até de obras obscuras como One Pound Gospel.

    Os primeiros volumes da primeira edição de Fullmetal Alchemist da Viz são fáceis de encontrar.

    Não engulo essa ideia de “os japoneses não permitem”.

    No fim, as editoras brasileiras ainda tratam os leitores como idiotas (bom, e são mesmo, só isso pra chamar de alquimista “federal” em um lugar em que não é uma federação; ou chamar de estudante de “federal” no Japão [Nana]).

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