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Filme de Tokyo Ghoul não é pra fracos (infelizmente sou fraca)

Talvez você não saiba, mas a Sato Company (responsável pela vinda de uma caralhada de tokusatsu em décadas passadas, mas que deveria ser lembrada mesmo por ter levado o Naruto para o SBT) tem feito um esforcinho para trazer filmes japoneses pra cinema nesses últimos tempos. O Festival de Ação Japonês oferece poucas sessões, mas que agradam os otakus por trazerem ao cinema coisas que a gente precisaria navegar em meio a torrents duvidosos para assistir.

Há algumas semanas foi a exibição do longa metragem de Bungo Stray Dogs (que inclusive fiz uma crítica aqui), e agora estamos em meio a algumas sessões do live action de Tokyo Ghoul. Como a Sato Company enxerga este site como imprensa especializada (eu que não vou contrariar), gentilmente fui convidada para assistir ao live action para tecer minhas opiniões. Vale a pena comentar que eu não tinha QUALQUER contato prévio com a série, não li o mangá da Panini, não vi o anime e o máximo de intimidade que tenho é rir da cacofonia do nome do autor, Sui Ishida. Como na pesquisa que fiz me avisaram que o filme é uma releitura fiel do começo da série, fui com a cara e a coragem acompanhar essa grande obr… é, não rolou pra mim.

Se você também não sabe do que se trata, vamos lá. Tokyo Ghoul conta uma história ambientada em Tokyo (ah vá), onde os humanos convivem sem saber com criaturas chamadas Ghoul (que curtem comer carne humana, super agradável). O protagonista da história é um jovem padrão de anime shonen que é atacado por uma Ghoul, mas sobrevive. Depois de um tratamento, ele se torna um meio-Ghoul, e precisa aprender a lidar com esse instinto sanguinolentZZZZzzzzz.

A história que vi foi o que já não me atraiu para o mangá: uma trama com clima bem shonenzão clichê, porém colocando muita violência gratuita para o pessoal que acompanha renovar a carteirinha de adultão (afinal, todos sabemos que os mangás seinen mais adorados pelos adolescentes são justamente os shonen com sangue em excesso). Ok, mas além desse motivo, por que não fui com a cara do filme?

Nunca tive a oportunidade de contar aqui no site, mas euzinha tenho problema com sangue. Por mais que conviva 24h com 5 litros de sangue correndo por minhas veias, é só ver uma pequena quantidade sair pra eu passar mal. Também me dá mal-estar ver sangue em televisão ou filmes, desde que de forma minimamente acreditável (ou seja, consigo ver Kill Bill numa boa sem passar mal). Depois desse disclaimer de confissão, posso falar que foi muito difícil ver o live action de Tokyo Ghoul.

Também tem lutinha por motivos de: shonen

O diretor Kentarô Hagiwara tem uma atração quase pornográfica por sangue e gore no filme. Toda hora tem um personagem com manchas de sangue no filme e pedaços de corpos servindo de degustação como se fossem bolinha de queijo em festa infantil. Ele faz questão ainda de dar zoom, fazer pausas dramáticas e colocar um barulho muito verossímil. Somando ao fato que o filme tem uma boa qualidade técnica e estética, tudo ali somou-se para eu virar o rosto em boa parte do longa-metragem. Quando eu estava vendo, era a história clichê.

O filme de Tokyo Ghoul pode valer a pena se você curte o anime, o mangá, os trocadilhos com o nome do autor e cenas com sangue e corpos devorados. Se você tiver qualquer problema com sangue como eu, melhor nem passar na frente do cinema.

TOKYO GHOUL

O filme terá ainda duas sessões nos próximos dias. Maiores informações no site.

Cinépolis: 19 de setembro – 19h30
Cineflix: 21 de setembro – 19h30

Ele está dublado em português. Não identifiquei onde foi realizada a dublagem, mas está bem feita e sem figurante nível Yayoi Aoba de Super Campeões 2002.

14 comentários em “Filme de Tokyo Ghoul não é pra fracos (infelizmente sou fraca)

  1. Não leio Tokyou Ghoul, mas você constantemente gosta de padronizar mangás mais comerciais com esses rótulos mas nunca entendi muito bem o que seria o ”jovem padrão shonen” e o ”clima shonenzão” para você. Se puder explicar, pf.

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  2. Por increça que parível esse filme foi dublado em Miami. Evoluíram bastante depois de mais de dez anos daquela dublagem meia-boca de Blue Dragon :v

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  3. Mas como a Mara ta vendi… Digo… requisitada. Yahahaha!!! Sacanagem.
    Apesar de curti shonenzão porrada e tal admito q nunca fui com a cara de Tokyo Ghoul, n tem um motivo, só n me atraiu.
    Esperando ver se a Mara comenta o live action de Bleach.

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  4. Eu n entendo o por que desse garoto de shoneisão clichê pra vocé, é um mangá seinen e não shounen com um protagonista que evolui muito ao longo da obra, e como assim historia clichê e lutas, tokyo ghoul nunca foi focado em lutas o seu maior foco foi sempre a historia e o desenvolvimento dos personagens , e so porque vocé tem problema com sangue não precisava falar como se fosse algo besta, que o diretor gosta de gore, é da obra ela é assim

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  5. Anime mais superestimado dos últimos anos, assisti a primeira temporada e só presta o episódio final, na segunda a qualidade da animação cai num nível astronômico, histórinha feita pra agradar otaku adolescente metido a gótico psicopata.

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  6. O pior e que eu li a matéria achando que era seria, meu Deus para e um texto escrito por uma criança de 10 anos, sem querer ofender mas falar que Tokyo Ghoul e um shonen para adultos, no mínimo você nunca deve ter assistido a um shonen se quer, pq se o tivesse feito saberia muito bem que de shonen não tem nada. Uma história incrível baseada em uma novel de um autor mais incrível ainda, que se você tivesse se dado ao mínimo trabalho de pesquisas entenderia sobre a evolução psicológica e adaptação do personagem que e uma das melhores que eu já tive o prazer de ver em um anime/manga.

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  7. Sério que tem gente que ainda acha Tokyo Ghoul um Shounen?
    Parece que quem fez essa matéria foi um adolescente sem qualquer senso crítico.

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  8. Minha parte favorita são as pessoas achando que Tokyo Ghoul não é um shounenzão só porque tem um pouco de desenvolvimento de personagem e gore.

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  9. Só podia ser obra de um cara chamado Shui Ishida, o que ele fez depois? ele shuishidou- se?

    Gorda hemofobica.

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  10. Olá Mara, desculpe o incomodo, mas A senhora poderia Por OBSÉQUIO analisar a Última parte de Digimon Tri, desde já agradeço.

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  11. “Ele está dublado em português. Não identifiquei onde foi realizada a dublagem, mas está bem feita e sem figurante nível Yayoi Aoba de Super Campeões 2002.”

    O filme foi dublado em Miami. O que me admira é que parece que os sites especializados estão até tentando evitar tocar neste ponto. Não que seja o caso do Mais de 8000 em específico, mas vendo que tal informação simplesmente foi mencionada em NENHUMA das reviews feitas sobre o filme que eu tenha lido ou visto até agora, é o que eu acabo pensando.

    Ninguém – sejam os sites especializados, sejam os Youtubers que fazem os reviews – nem se deu ao trabalho de olhar a página do filme no Anime News Network, por exemplo? Lá tem algumas infos da dublagem, no caso.

    E na verdade, quem já assistiu South Park dublado (especialmente as temporadas recentes) consegue identificar as vozes do desenho nesse filme fácil, fácil.

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