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Editora Abril teria cancelado a edição definitiva Kingdom Hearts (ah… e todos os outros quadrinhos da Disney também)

Enquanto boa parte da internet gamer parece ansiosa para ver novos detalhes de Kingdom Hearts 3 durante a E3 (quem diria que o jogo um dia estaria ~perto~ de sair), a ala otaka recebeu uma notícia de cortar o coração: segundo o site Planeta Gibi, a editora Abril cancelou toda a linha de quadrinhos da Disney.

Isso mesmo, TODA A LINHA DE QUADRINHOS.

Ou seja, a edição definitiva de Kingdom Hearts (que de “definitiva” tinha só o nome, afinal era um papelzão jornal e capa mole) acabou sendo realmente definitiva, pois acabou ali no primeiro volume. Além do mangázinho, qualquer mangá de títulos Disney, ou mesmo aquele Star Wars espelhado duas vezes devem ficar bem longe das bancas.

Além dos mangás, também chegam ao fim as publicações mensais dos personagens e aquelas coleções lançadas com capa dura e papel de luxo a preços exorbitantes para os fãs pedantes amantes de lombadas que usam quadrinhos para enfeitar estantes.

E assim morre a linha de quadrinhos da Editora Abril. No passado, essa editora já publicou Mai – A Garota Sensitiva, A Lenda de Kamui, Digimon e um mangá PÉÉÉSSIMO de Medabots. Em 2012 ela tentou voltar a esse público com uma antologia mensal de histórias. Como não tinha como bancar uma Shonen Jump, acabou trazendo um negócio chamado “Gen Mangá” com histórias feitas nos EUA pior que muito fanzine. Isso sem contar adaptações de filmes Disney em mangá, Star Wars e Princesa Kilala (uma espécie de Kingdom Hearts shoujo… mas que faz sentido se você ler tudo).

[ATUALIZAÇÃO: A Abril negou isso tudo ao site Planeta Gibi, mas como a mesma Abril negava que a MTV Brasil não tava acabando vou manter a notícia assim e vamos ficar de olho]

14 comentários em “Editora Abril teria cancelado a edição definitiva Kingdom Hearts (ah… e todos os outros quadrinhos da Disney também)

  1. Os gibis da Disney (em especial Zé Carioca e Pato Donald) eram muito bons em arte e roteiro, me lembro de rir alto quando lia. Pelo menos não tratavam o leitor como retardado que nem certos gibis de menininhas dentuças…

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  2. Mercado de quadrinhos no Brasil tá excelente como sempre!
    Só vão sobrar Turma da Mônica e aqueles quadrinhos grossos de capa dura sobre super herois ou sobre ~filosofias~ e ~críticas sociais~ para nicho de elitista intelectual, tipo Persépolis e coisas assim.

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  3. Então os quadrinhos Disney não tão mais na Abril, eles vão pra onde, pra panini? Talvez isso seja interessante…

    A menos que eles simplesmente parem de ser publicados, aí seria uma merda

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  4. Nem acho que cancelar o mangá de Kingdom Hearts no Brasil seja grande coisa; a adaptação do primeiro game (que é justamente a que entrou na primeira “edição definitiva”, não?) pra mim foi a única aceitável por fazer um resumo fiel ao jogo; de Chain of Memories pra frente, os mangás começaram a ficar entupidos com piadinhas e caretas sem graça e enrolação absurda da história (é só ver que os mangás de Chain of Memories e 365/2 Days foram bem maiores que o de KH1, quando os enredos dos games em questão permitiriam que os mangás deles tivessem o mesmo tamanho do de KH1 ou fossem até menores).

    Pra mim, a surpresa mesmo é cancelar TODA a linha de quadrinhos da Disney, que até onde eu sei, sempre vendeu bem (claro, longe dos números da Turma da Mônica – mas até aí, QUAL HQ no Brasil consegue ter os mesmos números?) e era publicada no Brasil há décadas e décadas.

    Se isso acontecer mesmo, fica a dúvida do que seria pior: essa linha sumir de vez do mercado nacional, ou ir parar nas mãos da Panini e aumentar ainda mais o monopólio dela nos quadrinhos brasileiros (DC, Marvel, Turma da Mônica, uma fatia bem grande dos mangás licenciados no Brasil… tirando a Disney, falta o que pra ela pegar?? Os mangás da JBC?).

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  5. Com relação ao meu comentário anterior, só queria deixar claro que não tenho nada contra o trabalho da Panini (ela tem seus problemas, mas até aí, qual editora não tem?), só acho perigoso que todo o mercado de quadrinhos fique concentrado nas mãos de uma única empresa.

    É isso, flwvlw

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  6. “Mai, a Garota Sensitiva” começou bem, mas degringolou da quarta edição em diante. O espião que a caçava e que todos –até ele mesmo– pensavam ter matado o seu pai (seu, dela!) de repente vira amiguinho e diz a ela “Não sei por que você fugiu de mim” (não foi porque o Sr. entrou atirando com um bando de jagunços no mosteiro onde ela e seu pai estavam refugiados, gritando “Matem quantos monges precisarem pra chegar até eles”?). O divertido grupo de universitários que a abrigou sumiu da trama sem motivo algum, incluindo o líder bom de briga que só aparece pra uma ponta no final. E muitas perguntas sem resposta. Enfim, o pior dos mangás e animês em uma só história, que pra mim atrasou em uns dez anos o progresso do segmento no Brasil.

    Quanto ao “Gen”, parecia fanzine porque ERA fanzine: uma compilação
    de diversos autores amadores. Mas não creio que tenham sido escritos nos “States”, nem mesmo por descendentes de japoneses. Parecem ser japas legítimos, no máximo compilados pelos norte-americanos.

    Quanto ao fim da linha Disney, torço pra que seja só um mal-entendido. Eles vinham seguindo desde 2013 num caminho de recuperação com o reinício da publicação de histórias inéditas de autores nacionais, até que a mardita crise de 2015 se abateu sobre o renascido estúdio… E aparentemente não dá mostras de ir embora tão cedo.

    (Mas, correndo o risco de parecer panfletário, é tudo culpa do empresariado brasileiro: em vez de se unirem e combater os especuladores e rentistas que causam a pobreza e essa crise mundial e salvarem o País, preferem pegar o dinheiro que têm sobrando e aplicar nessa mesma especulação que mais cedo ou mais tarde vai destruir a Economia…)

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