Animes

Dr. Stone é uma série um pouquinho inverossímil

Se você acessar o aplicativo da CrunchyRoll neste agosto de 2019, uma das séries que estará no TOP 3 das mais assistidas da plataforma é Dr Stone (“Doutor Pedra”, numa tradução para o português que infelizmente nunca vai acontecer). O anime é uma das apostas da atual temporada pelo simples motivo de ser um “mangá na Jump”, e todo mundo tem acompanhando com afinco as histórias do jovem Senku na tentativa de fazer a civilização humana avançar cientificamente alguns milhares de anos. Acompanhei o anime até onde ele foi lançado e achei que é um case fabuloso para discutir um tema específico: “verossimilhança numa série“.

Em alguns momentos na história deste site cheguei a criticar algumas histórias por “falta de coerência” e “inverossimilhança”, e essas duas palavras trazem umas reações bem raivosas. Irritados por verem um anime ao qual devotam tanto amor ser atacado por uma simples blogueira, os otakus começam a falar coisas do tipo “pois é, verossímil é uma série com um cara que fica de cabelo loiro e atira esferas de energia pela mão” porque né, Dragon Ball aparentemente é parâmetro de qualidade extrema. É nesses argumentos usados em que se pode constatar que o conceito de “verossimilhança” não é tão bem entendido pelas pessoas, que enxergam como um sinônimo de “história que poderia existir de verdade”. Acho que usando o exemplo de Dr Stone dá pra diferenciar bem as coisas.

Pra começar, o que é verossimilhança? Deixando de lado qualquer explicação mais técnica saída de algum livro bem pedante de literatura, eu gosto de imaginar verossimilhança como um contrato assinado pelo autor de uma história para o público. Nesse documento, ele especifica as regras daquele universo da história e cabe ao público aceitar aquilo como verdade.

Vou pegar como exemplo One Piece: no contrato de verossimilhança da série, o Oda especificou que o universo funciona com determinadas regras, que seres humanos podem comer frutas com poderzinhos, mas que eles perderão os poderes se entrarem em contato com a água do mar. Se em algum momento o Oda colocar o Luffy nadando normalmente no mar, sem qualquer explicação lógica, será uma quebra no contrato assinado por ele e a história ficará inverossímil, ou seja, deixará de respeitar as coerência daquele mundo estipuladas pelo próprio autor.

Agora chegamos em Dr Stone. Essa série começa no presente, em que vemos um grupo de jovens numa escola como num slice of life qualquer. Porém, uma luz verde misteriosa surge e petrifica todos os seres humanos do mundo e assim começa a trama. Como aconteceria numa situação na qual todos os humanos “desapareceram”, a natureza começou a tomar conta das coisas até destruir todos os vestígios de uma civilização tecnológica e científica. Porém, 3700 anos se passaram e o jovem protagonista Senku “desperta” de sua petrificação em uma Terra sem qualquer interferência humana. Como (convenientemente para fins de roteiro) o Senku é super-inteligente, ele decide fazer a civilização voltar ao que era antes, usando seus conhecimentos científicos para avançar o homem da idade da pedra até a era dos smartphones. Ou seja, é um shonen de lutinha cujo poder de luta é o conhecimento de wikipédia.

Senku descobre uma forma de despertar pessoas usando uma mistura de ácido nítrico e outras coisinhas e “revive” o burrinho-mas-de-bom-coração-e-com-força-física Taiju, o forte-pra-caralho Tsukasa e a presença-feminina-cuja-função-é-ser-par-romântico-do-burrinho Yuzuriha. Durante a série, eles vão usando conhecimento científico para conseguir transformar elementos na natureza como num episódio educativa da Cultura, como a vez em que produziram vinho para poder extrair o álcool necessário para o líquido capaz de des-petrificar as estátuas de humanos.

Caso você não tenha constatado isso até agora, a história de Dr Stone é totalmente absurda. Uma luz verde transformando humanos em pedra é uma coisa que 100% não tem chances de acontecer no mundo real, sendo um caso de pura fantasia. PORÉM, está no contrato do autor que nesse mundo é algo possível, então a gente acredita sem problemas e acha a história plausível. No entanto, em Dr Stone temos um autor que adooora mexer com esse contrato.

Há momentos numa história em que o autor não necessariamente desrespeita o contrato assinado com o público, mas exige que o pessoal “releve” algumas coisas para que o contrato possa funcionar. Em Dragon Ball, por exemplo, a gente precisou aceitar mudanças nas regras das Esferas do Dragão porque, do jeito que tava, o Toriyama não poderia ressuscitar quem ele queria no mangá. Todo o arco dele colocando Dende como o novo Kami-Sama foi uma forma de tentar dar uma burlada nas regras, mas seguindo os meios oficiais. Resumindo: foi um golpe.

Em Dr Stone a gente precisa aceitar muita coisa. Como Senku sabe que se passaram 3700 anos desde a petrificação? A respostá é fácil, ele ficou consciente durante todo esse tempo. Tá, beleza, mas como ele sabe exatamente o tempo que se passou? Ele ficou CONTANDO OS SEGUNDOS. O universo de Dr Stone no contrato do autor apresentado dessa forma: é tipo o nosso mundo, mas teve uma luz que petrificou a galera. Sendo assim, é uma bela forçação de barra imaginar Senku contando segundos durante três milênios sem ficar louco. Mas beleza, vamos acreditar pelo bem do shonen de lutinha!

As habilidades dos personagens também esbarram nessas leves incoerências: embora a facilidade de Yuzuriha em artesanato seja bem aceitável, Taiju tem uma força grande demaaais, é quase um touro. E o que falar da inteligência elevada-até-demais do Senku? Esses são exemplos de inverossimilhanças que o público opta por acreditar, pois sabe que é necessário para a história. É tipo a inverossimilhança de rolar barulho de explosão no vácuo do espaço em filme de Star Wars: apontar esses erros é apenas chatice por parte de quem diz. Porém, grandes inverossimilhanças entram em outro quesito.

O principal antagonista nesse começo de história é Tsukasa, um conhecido de Taiju que foi despetrificado em um momento crítico. Quando Senku e Taiju queriam na verdade tirar a menina da petrificação, eles foram encurralados por leões. Sabendo que iriam morrer ali, eles escolhem reviver o tal Tsukasa, um personagem que Taiju disse ser extremamente forte. Ao ser acordado após o soninho de 3700 anos, Tsukasa percebe a ameça dos bichos e resolve tudo… MATANDO UM LEÃO COM UM SOCO.

Parte da nossa aceitação da super-inteligência do Senku vem porque o autor ~tenta~ explicar isso de alguma forma: o moleque sempre é mostrado como garoto gênio, ganha flashback fazendo grandes feitos científicos e, claro, tem a teoria da relatividade do Einsten escrita em sua vestimenta (evidência óbvia pra gente afirmar “olha, é um gênio”). Tsukasa, por outro lado, ganhou apenas a explicação “ele treinou muito“, que não ajuda muito a gente acreditar no personagem. Pra piorar, em alguns momentos nesses primeiros episódios, Tsukasa tem uma compreensão de situações e um poder de dedução que o coloca como um rival direto de Senku, e isso não é nem um pouco coerente com o perfil personagem. Nesses casos, a gente é levado a sair um pouco do contrato, e da imersão da série, e pensar “pera, o que tá acontecendo? Isso não faz sentido“.

A sensação que tenho ao ver Dr Stone é que o autor está constantemente mudando o contrato quando lhe é conveniente. Tem horas que ele fala “esse aqui é o mundo como o conhecemos“, e em outra fala “isso é um shonen de lutinha, toma o Tsukasa socando um leão até a morte“. O próprio anime parece seguir esse modo de pensar do autor, porque todo episódio tem um aviso dizendo se tratar de uma história de ficção… porém com experimentos reais que podem funcionar no mundo real. É como se o autor não conseguisse escolher se está fazendo uma trama “realista” com uma pitada de elementos mágicos ou então se produz algo mais absurdo e mais condizente com outros mangás da editora.

É um anime que tem me distraído nesses dias. Tem uma premissa muito criativa, mas com um desenvolvimento cheio de pequenos equívocos e saídas tiradas do cu do autor. E, considerando o que já me avisaram pelo Twitter, é bom eu rasgar logo o contrato de verossimilhança e abraçar o absurdo, porque parece ser o caminho a ser tomado.

21 comentários em “Dr. Stone é uma série um pouquinho inverossímil

  1. Esses problemas de verossimilhança estão presentes em um mais partes do anime do que consigo contar. Relevar apenas os personagens não funciona muito.

    Curtido por 1 pessoa

  2. (COMENTÁRIO DE OPINIÃO SINCERA, NÃO UMA VERDADE ABSOLUTA)
    Quando falam de verossimilhança, a primeira coisa que me veio a cabeça foi Goblin Slayer, onde você é “obrigado” a aceitar que não existem goblins fêmeas e uma justificativa para o estupro de que é para a reprodução, desconsiderando qualquer barreira genética, e que não importa com quem o goblin transe (seja, humano, elfo, furrie), sempre irá gerar um goblin, sem híbridos (nem os Hobgoblins são híbridos), ou seja, as garotas ficam grávidas sempre de goblins. Em resumo, eu enxergo a verossimilhança como uma ideia de “até onde a fantasia tem limite”. Ora, já me criticaram por não engolir toda essa história de Goblin Slayer, dizendo que “ah, mas se você aceita que magia e goblins existem neste mundo, deveria aceitar a razão dos estupros”. Não, não tem a ver uma coisa com a outra, não é porque aceito magia que vou ter de aceitar que humanas podem dar à luz a goblins.
    Só para fazer um comparativo, tem um mangá chamado Peter Grill to Kenja no Jinkan, que adoro, onde várias raças daquele mundo de fantasia querem transar e engravidar do protagonista humano, e dentre as garotas tem orcs, goblins, elfas, fadas… Enfim, ali, por ser uma comédia (e, portanto, NÃO QUER SER LEVADA À SÉRIO), não interessa que eles consigam ultrapassar a barreira genética ou se vai ter híbridos ou não. Peter Grill NÃO QUER ser levado à sério, só quer rir.
    Já Goblin Slayer é o contrário, é uma obra que claramente quer se levar à sério, quer ser um “seinen psicológico de ação e sangue” (do qual os jovens garotinhos querem se gabar de assistir algo maduro e adulto), e para tal tenta ser sério como um. Mas o ecchi e essa inverossimilhança em relação a reprodução dos goblins (e que me soa como uma tentativa furada de justificar o injustificável) tornam esse anime basicamente uma obra que NÃO DÁ para levar à sério. É uma obra que quer ser levada à sério, PORÉM nem se esforça para tal. Fora outros detalhes, que, somados, me fazem até ter um afastamento, porque eu sinto que é como se a obra não assumisse de uma vez sua verdadeira face e ficasse fazendo propaganda enganosa, ou ainda, o autor não sabe se decidir sobre se quer fazer algo sério mesmo ou não.
    E no caso de Dr. Stone, eu tenho relevado justamente porque não levo à sério. Eu assumo como um “shounen” da Shonen Jump, que como diferencial, tem o de usar conceitos científicos, mas tal qual séries como CSI e Breaking Bad, que não seguem à risca a ciência (no caso destes, mais para evitar que o máximo de pessoas comentam crimes usando métodos científicos que aprenderam com a série), Dr. Stone também parece que só usa o conceito, mas não se arrisca em ir à fundo no caminho da ciência. E até agora, por ter de relevar, estou gostando. Só que veremos até onde irei conseguir engolir cada ideia deste anime, inclusive o próprio retorno pós-morte do Senku após ter o pescoço quebrado pelo Tsukasa é algo que acho bizarro.

    Curtido por 2 pessoas

  3. Não entendo a “dúvida” se a história tenta ser realista ou não, não bastasse o pessoal sobreviver hibernando petrificados por séculos, logo na abertura já mostra um cara soltando “haduken”.

    Curtir

  4. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O fato dos personagens serem exagerados é uma ferramenta típica de mangás Jumps. É a mesma coisa que acontece em My Hero Academia, cada personagem é exageramente poderoso de alguma forma. Cada personagem então passa a ser na verdade a personificação de uma qualidade ou elemento: a capacidade manual, a força, a inteligência, a beleza, a capacidade naval, a capacidade mordomal (?) e por aí vai, ou os poderes de fogo, folha, terra, água, etc. É um estilo super comum em que se foge da pessoa “real” e se trabalha com personagens totalmente impossíveis. Pode-se ver a mesmíssima coisa nos super-heróis da Marvel, aqui também justificado de n formas, desde mutações, alienígenas, artefatos, etc.

    Esse é o mundo de Dr. Stone, todos são capazes de feitos absurdos que extrapolam o comum, desde o poder de pedra que cristaliza todos, até os “poderes” de cada um e é claro a quantidade absoluta de sorte. Nesse mundo uma pessoa pode ser tão inteligente que consegue contar por centenas de anos, o outro consegue matar um leão, é parte desse mundo/contrato. Nada descrito aqui quebra essa premissa. É inverossímil, sim, uma história improvável/impossível de ser real; mas é essa a intenção, é uma ferramenta usada; o exagero é uma ferramenta. Isto é um anime para pré e adolescentes, galera na escola, a intenção é claramente instigar a curiosidade científica e engrandecer as capacidades físicas e mentais que aqui se torna um poder igual a de super-herói. É enaltecer os talentos desses jovens, fazê-lo sentir que sua mão na cozinha é um grande feito, que sua facilidade na corrida de curta distância é um grande feito. É um negócio infantil que cumpre com o seu papel.

    Curtir

  5. Quando comecei a ler o mangá, essas inverossimilhanças me incomodaram demais, então consigo entender bem esse texto, mas depois, PARTICULARMENTE eu aprendi a aceitar que o mundo sim é de fantasia, a ciência do Senkuu não (ao menos quando usada em algo do nosso mundo), como ele mesmo diz, “eu vou derrotar esse mundo de fantasia com ciência”. Parece que a obra precisou exagerar nos personagens pra não ficar muito desequilibrado com a ciência do protagonista. De qualquer forma, texto muito bom, espero que assim como eu, vc realmente abrace o absurdo

    Curtido por 1 pessoa

  6. Cara, Dr. Stone é um shounezinho pra pré-adolescente… Vc tá com o cu doendo pq um anime que vc não gosta é popular? Pelamordeus.

    Se vc quiser dar uma de intelectual, vá escrever um texto comparativo entre os eventos de Legend of The Galactic Heroes e a história da humanidade.

    Ou seja, se forme em Letras, vá pra Harvard e faça um tese em cima de Infinite Jest… Aí sim vc será intelectual e eu digo que vc entende de arte e storytelling.

    Eu acho Dr. Stone mediano e… fica por aí mesmo. O povo gosta? E eu com isso?

    Pelamordeus.

    Curtir

  7. Post interessante. Apesar q caguei pro Dr. Pedroso ae. Mas esse post me fez ver q após a 2° fase de Naruto (a popularmente chamada de Shippuden) o Kishimoto tbm caga forte pros conceitos criados na 1° fase. Q torna ela inverossímil.

    De resto ver a galera bolada com a opinião de uma pessoa é bem divertido. Yahahahaha!!! Até parece q a critica ae invalidaria o sucesso da obra, as pessoas precisam relaxar mais.

    Curtido por 2 pessoas

  8. Pois é, por isso os autores podem desfrutar de sua liberdade artística e mudar qualquer coisa, até mesmo regras fixas para melhorar suas histórias. Qual anime não faz isso? Vejam Pokemon, onde hoje em dia até “Apple Watch” o Ash usa para as rinhas de pokemon, isso é algo muito normal em animes, e depende muito dos autores, alguns quebram suas regras e outros preferem adaptar e acrescentar para melhorar suas histórias. Então Imagino que o propósito dessa matéria era apenas mostrar ao público como o autor sabe aplicar bem a palavra verossímil em um texto, kkkkk.
    Eu acho que já deve estar na hora de o site ter o seu merecido encerramento, as matérias ultimamente mostram uma espécie de cansaço do autor sobre o tema, e também a nós leitores, ver sempre matérias ridículas como essa é cansativo também. Encerre o blog, faça uma matéria especial sobre todos esses anos e tal. Se continuar assim, um dia vamos discutir porque animes com personagens que vivem em um país estrangeiro como Edward Elric em Full Metal Alchemist, falam japonês, em vez de falar sua língua nativa, ou aquelas baboseiras de apropriação cultural, urghh.

    Calma gente, não me batam, eu estava só brincando.

    Ouuuuu será que nãaaaaao? Kkkkkkkk

    Curtir

  9. 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣 (Eu ia comentar algo bem legal mais nem vou; desisti) (╯°▽°)╯ ┻━┻

    Curtir

  10. André (@selectfrontier)
    Cara, wtf, agora questionar um elemento de um anime é falar mal/chamar de lixo? Me poupe, está faltando muita interpretação de texto da sua parte! Onde que na postagem a Mara falou alguma coisa que sequer se aproxime doq vc falou? Ela só fez um texto sobre verossimilhança e usou Dr. Stone como exemplo e questionou a obra, já que é um dos animes do momento. Agora não se pode nem fazer um questionamento simples desse que já vem gente que parece que nem sequer leu o texto e que só veio pra tretar, valha-me Kami-sama -_-“

    Curtido por 1 pessoa

  11. Cara, eu adoro Dr. Stone mas realmente tem umas coisas difíceis de engolir.
    Apesar disso, acho que é o mangá da Jump melhorzinho atualmente junto com MHA e Promised Neverland (seria o big three da nova geração?!)

    Curtir

  12. O tal do André ali quis dar uma de fodão e citou Infinite Jest (tão pedante a ponto de não usar o título nacional). hahaha. Pynchon para crianças. E Pynchon já é Gaddis para adolescentes.

    É engraçado como toda matéria da Mara traz pessoas que realmente ficaram ofendidas com a opinião de outrem.

    Por isso que adoro os comentários.

    Curtir

  13. É devido a comentarios assim que um anime as vezes morre sem nem ser visto. Vejam Dr. Stone, curtam a viagem, pois desenho, filme, qualquer coisa pq ficar descendo pau em anime e elogiando Os vingadores, pelamor né?

    Curtir

  14. Mais na frente do mangá, SPOILER
    podemos ver que a petrificação consegue praticamente “reviver” pessoas,quando essas pessoas voltam da petrificação eles estão mt bem e que ela também consegue dar um baita UP nas habilidade dos personagens, principalmente as individuais, isso é uma explicação para a super mega inteligência de Senku, super força de Tsukasa e a resistência de Taiju, sendo que mais pra frente haverá personagens que saem da petrificação (SPOILER: O velho Kaseki) e voltam com sua habilidade aprimorada.

    Curtir

  15. Eu discordo de muitas coisas

    primeiro episódio não dá para definir todas as regras daquele mundo, logo criticar verossimilhança em uma obra que nem sequer mostrou todas as regras é ilógico

    em nenhum momento dr stone falou que o mundo deles é idêntico ao mundo real, trata-se de uma obra de ficção, é o mesmo que dizer que the walking dead é igual ao nosso mundo e ficar puto com um virus zumbi porque não existe no nosso mundo, em uma história existem liberdades criativas para explora-la, o único aspecto idêntico ao nosso mundo é o começo do episódio antes do raio verde atingir a galera e deixá-la dormindo por mais de 3000 anos.

    sem contar as suspensão de descrença quando lhe convém, aceita-se um raio verde que petrifica geral, o senku ter conhecimento de praticamente tudo, mas é inadmissível ele passar 3000 anos contando os segundos,a própria premissa é tão absurda e idiota que o senku contar os segundos, então não faz sentido essa suspensão de descrença seletiva.

    no final de cada episódio ele deixa claro que se trata de uma história DE FICÇÃO, logo exige muitas liberdades criativas em volta disso, apesar dos métodos científicos serem reais.

    nota – se você espera um shonen de lutinha com poderes cientifico, vai se frustrar, a obra foca em desenvolvimento tecnológico, raramente tem lutinha e é o ponto fraco da série, é por isso que tal série não faz sucesso no japão, porque geral quer ver lutas empolgantes, não desenvolvimento cientifico na história, então pode se alegrar que a série que você tanto detesta vai ser cancelado logo, fica tranquila XD

    Curtir

  16. Verossimilhança em anime… Ah, me poupe. Se quiser levar tudo ao pé da letra apenas documentários serão verossímeis…

    Curtir

  17. Tenho o mesmo problema com Dr. Stone. Tá certo q é fantasia. Mas as coisas são feitas sem uma explicação clara do q são as “regras” desse mundo. Realmente no primeiro temos um vilão que consegue matar um leão com o soco e rivaliza em inteligencia com o protagonista – que é a própria encarnação da wikipédia – no caso esse é um ponto fraco mesmo, não há nenhuma explicação de todos os humanos serem excepcionais nesse universo ou se os perasogens foram boostados na petrificação. Sinto q em nenhum momento fica claro o quão absurda é a história para que se possam dosar as expectativas – no sentido do que esperar da história mesmo- de forma que não soe incosistente/incoerente.

    Curtir

  18. Cara
    Sempre diz no final dos eps q é uma obra de ficção, mesmo tendo experimentos reais
    É o mesmo de Naruto, é toda uma obra de ficção com um elemento q faz toda a história acontecer, o ” chakra”, que foi uma coisa (semelhante ao Ki) q vários asiáticos acreditavam
    A única diferença entre os experimentos do Senku com os jutsus do Naruto é q o Senku é da área da ciência, e o chakra do Naruto é mais espiritual
    Tente entender mais o anime antes de falar merda.

    Curtir

Os comentários estão fechados.