Mercado Nacional

JBC comete grande erro editorial ao justificar seus aumentos

Isso parece até um template pronto que colo no começo de todas as matérias do Mais de Oito Mil, mas preciso lembrar que O MERCADO EDITORIAL ESTÁ EM CRISE. Não só pela alta do dólar que afeta os contratos assinados em dólar como também uma crise de papel e um colapso na distribuição de bancas. Resumindo: tá todo mundo fodido.

Em seu último Henshin Online, o programa semanal para YouTube da editora JBC, o gerente de conteúdo Cassius Medauar surpreendeu o público logo de cara. E olha que não estou falando daquela plano sequência feito apenas para provar que eles abandonaram o fundo verde:

A grande surpresa (não-tão-surpreendente-assim) foi a respeito dos aumentos nos mangás. Como a JBC não lançará mais títulos para as bancas (porque a distribuição morreu), focando apenas nas livrarias físicas (que estão em vias de morrer), digitais (todas que não têm Amazon no nome continuam em crise) e lojas especializadas, obviamente a editora precisou mudar o esquema de tiragem, distribuição etc.

Com isso, nosso editor homônimo ao desorelhado de Cavaleiros do Zodíaco comunicou três mudanças de preço até o momento:

Fullmetal Alchemist vai de 17,90 para 19,50, The Seven Deadly Sins de 15,90 para 17,90 e Saintia Shô ficará com esse preço também, de 15,90 para 17,90. Por enquanto só esses mangás vão mudar de preço, porque os caríssimos kanzeban de Cavaleiros e a republicação de capa desnecessariamente metalizada de Lost Canvas mantém seu preço.

Os otakus… sem muita surpresa… reagiram mal ao aumento. Mesmo avisando que se trata de um reajuste porque estamos em meio a uma crise gigantesca, parte dos otakus reclamou bastante e a outra parte mandou o tradicional “tanto faz, vou pegar por [insira aqui um valor de desconto que não é praticado faz tempo] na Amazon!“.

Na verdade, o grande erro da JBC nessa situação foi ter sido transparente (piada não intencional referente ao papel de Gangsta). Ela foi sincera com o público e pediu por compreensão, então obviamente os otakus ficaram pistola e já querem colocar a editora no cantinho da disciplina.

Se a JBC fosse inteligente MESMO, teria dito que os aumentos foram para melhorar a qualidade dos títulos, atendendo aos pedidos dos próprios otakus. Sabemos que esse caô funciona sempre muito bem com o público alvo.

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17 comentários em “JBC comete grande erro editorial ao justificar seus aumentos

  1. O maior erro da JBC foi ter lançado Little Witch Academia pouco antes da Panini implementar os novos preços.
    Se LWA tivesse sido lançado uns meses depois, pode ter certeza que iria custar perto dos 22 eieieimaéis também.

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  2. HAHAH fui lendo e rindo ! só verdades, esse caô da Panini é foda de engolir haha Boruto ta ridiculo, DBZ nem peguei. E pensar que essa qualidade toda n chega nem perto da qualidade de Pluto, Vagabond e Blame (coisa linda) e é mais caro que todos eles haha.

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  3. Do jeito que tá os presos, melhor esperar os descontos da amazon mesmo rsrs. Pelo menos ela ainda não virou uma comix da vida.

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  4. Sei q tá em crise, mas ainda é foda parceiro. Po ate entendo o aumento do FMA, acho plausivel até. Agora Santia Sho ( q infelizmente já chegou fadado ao fracasso) e Nanatsu a 18 conto n dá. Po se a galera já achou absurdo pq a Panini meteu esse preço no Toriko a um tempo atrás, o mesmo vale prós 2.
    Cara gostei muito desse viés mais honesto q a JBC vem fazendo, mas é aquela, assim como a gente tem de entender o lado deles, eles tem de entender o nosso.
    Bem acontece. Foda agora q isso da margem pra panini cagar o preço dos mangas de papel jornal.

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  5. ”[insira aqui um valor de desconto que não é praticado faz tempo]”’ kkkkkk Amazon, amazon, amazon. Sempre que leio alguma materia falando de preço e desconto é sempre citando a Amazon, como se fosse obrigatório dar descontos e 50% pra cima ou como se fosse a vilã da história. Piada.

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  6. Porque a JBC , pra evita crise, aumento de preços monta a gráfica no Paraguai, Uruguai por moedas estrangeiras desvalorizadas pra ter desconto pouco custo dos produtos, localizaçāo ser mais barata por nāo haver taxaçāo cara do Brasil, e assim vender mangás no brasil feito pelo exterior e desativa a fábrica da editora no Brasil por causa do alto custo de impostos BRs. Existe várias outras empresas brasileiras com fábricas em vários países.

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  7. O Claudio, o que tu disse não muda muita coisa.Produzido lá fora vai ser taxado aqui como importado da mesma forma. Fora essa logística e que as editoras não tem gráfica, elas não lidam com todo o processo produtivo, não é uma coisa simples de se fazer. Pra vc ter idéia a ultima editora que tentava lidar com tudo quanto era etapa de produção (não sei gráfica) foi a editora abril…

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  8. Finalmente achei um lugar que discutisse o problema seriamente, estou lendo postagens desde que acordei.

    Como ser humano que compra mangás nesse país desde o começo do século, e assíduo revirador de sebos de sp (sem muito sucesso, ultimamente), fico feliz de ver gente discutindo os problemas que eu também tenho.

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  9. Comprei os primeiros shonen “de lutinha” nesse preço de R$ 21,90 (paguei menos na Saraiva) e chegaram na semana passada. Não sou sommelier de papel, mas achava que o papel viria mais próximo da qualidade de Vagabond, Pluto e I am a hero.

    Cobrar R$ 21,90 em shonen de lutinha, naquele papel de qualidade sebosa e com aquele acabamento, é uma afronta.

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  10. A JBC está tendo mais contato com o público. Se nanatsu no taizai fosse pela panini, já estaria na casa dos 20 reais e ninguém seria avisado.

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  11. Sério que vocês ainda estão comprando mangá assim mesmo?

    Olha que quando passou dos 10 reais foi o suficiente pra eu meter o pé desse tipo de publicação, idem pra qualquer outra publicação.

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  12. Desculpa Mara e leitores do Mais de Oito Mil, desculpe não deu pra acessar o blog esses dias, mas aí vai o comentário do dia… “Quando sai a última análise de Digimon Tri? “

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  13. E o pessoal ainda continua comprando mangás. Não sei quem é o mais sem vergonha, quem vende ou quem compra …

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  14. Pra quem acha que tá cara, a China vai baixar as alíquotas de importação para papel, ou seja, a indústria nacional vai destinar um pedaço ainda maior para a China, o que certamente encarecera ainda mais o custo gráfico no país.

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