Mercado Nacional

9 sinais da proximidade do apocalipse editorial no Brasil

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O post é só isso mesmo. Eu poderia fazer um grande texto, mas acho que essas imagens falam muito mais do que qualquer coisa que eu viesse a escrever.

48 comentários em “9 sinais da proximidade do apocalipse editorial no Brasil

  1. Esperado, ainda digo mais: os mangás vão ser os primeiros a serem os bois de piranha nesse processo. Podia ao menos ter usado uma imagem de acordo com tema do Blog, e não de uma Novela.

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  2. Sou diagramador e trabalho na area editorial a 12 anos. Posso afirmar que ta foda. As editoras estão cortando pessoal, reduzindo os títulos e contratando mão de obra barata.
    Ano passado fiquei quase todos os meses parado por não achar editora contratando. Esse apocalipse está MUITO proximo.

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  3. O futuro é digital.
    Queria ter capital pra investir nisso, eu tenho visão.
    Infelizmente só me resta torcer pro mercado se afundar cada vez mais até eu ter o tempo e o dinheiro necessários para salva-lo com minhas próprias mãos e ganhar muito dinheiro no processo.

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  4. Sabe o que é pior? Não está acontecendo só com quadrinhos, mas com livros no geral também. O que o Junior Fonseca disse é pura verdade, não há demanda, apenas uma minoria da população brasileira lê. Além de educação de qualidade (algo em falta por aqui), precisamos investir em iniciativas de incentivo à leitura. Senão o mercado editorial vai continuar sendo um nicho que está se redirecionando cada vez mais para um nicho dentro do nicho…

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  5. Pois é… Eu mesmo comprei uns mangás na Saraiva mês passado e tomei um chapéu! Não entregaram tudo (faltaram dois volumes), não respondem, nem pelo Reclame Aqui, nem nos telefones, não resolvem. Simplesmente me roubaram o valor de duas edições… FUJAM da Saraiva! Eu nunca tinha tido problemas, mas ultimamente tem acontecido muito! Não comprem mais lá! Infelizmente… está realmente falindo…

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  6. Comprei 3 livros recentemente na Fnac da Paulista (lembrando que a de Pinheiros fechou recentemente) e o tempo todo ouvia os funcionários cochichando sobre o medo de perderem o emprego (e da livraria fechar de vez).
    Na Livraria Martins Fontes (também na Av. Paulista), a coisa até parece ir bem (comprei 2 livros lá no mesmo dia), cheia de clientes, mas a Fnac está de dar medo, todo mundo com cara de pânico.

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  7. Mas como tô vendo muita gente por ai dizendo “Mimimi eu quero é comprar mangá com desconto na Amazon”. Pior cego é aquele que não quer ver.

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  8. @Blackk wolfs
    O pior é q essa estratégia da Amazon é conhecida. Primeiro compram muitas unidades e vendem MTO barato. Depois que os concorrentes acabam e eles dominam o mercado, vendem pelo preço que quiserem e os consumidores ou terão que pagar ou ficar sem… Td mdo sabe q é isso q Amazon já vem fazendo, só ver q os descontos já nem são mais um ano atrás…

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  9. Tá foda parceiro, já me bateu aquela preocupação quando o brother q é jornaleiro falou q acha q do jeito q tá a banca dentro de um ano vai pra vala.
    O q me deixa mais bolado é a atitude alá Conrad pré-falencia q a Panini adotou. Crise comendo solta e eles elevam 8preços, enchem as bancas de titulos do mesmo gênero e o contato com publico é nulo. Se vc comparar a jbc tá fazendo o inverso.
    E como geral evidenciou acima, essa cambadinha de merda q acha q n tem nada demais q é só esperar Amazon fazer promoção, n ta vendo q quando a Amazon ganhar monopólio eles vão vender do jeito q quiser. Pior q n adianta nada falar ou se precaver, se a maior parcela do consumidor é burra e só olha pro proprio umbigo.

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  10. Hã, desculpe minha ignorância, mas… o item 4 não é uma coisa BOA? Mangá digital ainda é mangá.

    Esse deve ser o caminho pra sobreviver no mercado editorial hoje. E isso não é só com mangás, mas com QUALQUER publicação; infelizmente, as publicações impressas estão em colapso (cortesia da população que lê cada vez menos, que por sua vez é cortesia do descaso gritante do País com a educação e o incentivo à leitura), como o caso da Fnac que o Fernando Sinistro comentou acima.

    Lembrando que a Abril, uma das maiores editoras do Brasil, não só parou de publicar quadrinhos da Disney, mas cancelou essa semana a maior parte das suas principais revistas, como a Mundo Estranho. A VEJA continua viva por ora, mas até ela já está passando por um corte brutal de funcionários na redação.

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  11. Acho que uma solução para o mercado de quadrinhos é fazer como a Craft Comic Books. Eles são uma editora, digamos… artesanal. Eles tem um site com os gibis, mas só imprimem aqueles que são comprados. Não fazem em grande escala como as editoras comuns.

    Outro obstáculo que faz com que muitas pessoas deixem de comprar volumes físicos é o frete dos correios. Que além de caro ainda tem lá seus atrasos. Então fica mais barato comprar a versão digital do que a física.

    Concordo com quem disse que o futuro é digital. Não tenho nada contra comprar ebooks e afins, mas gosto de colecionar livros e quadrinhos físicos. Então espero que esse mercado se reinvente de alguma forma.

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  12. Vai nas redes sociais deles. Eles correm por medo de perder (mais) clientes. Tive problemas com meu Jojo e finalmente está na transportadora.

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  13. Bem, só sei que eu é que não tô pagando 22 conto por um volume de DBS. Fico na torcida para que possam alavancar de vez a iniciativa de HQs/mangás distribuídos digitalmente, já que li muitos mangás em scanlators com resolução/erros de português medonhos, e nos lançamentos oficiais não teríamos (muitos) (d)esses problemas.

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  14. Onde moro, Petrolina-PE, não existe isso de livraria especializada, logo não terei mangá nenhum mais da jbc por aqui então. Fodeu.

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  15. O pessoal falando da Amazon e monopólio… Nem pararam pra pensar que as Hqs e Mangás tem aumentado de preço de maneira abrupta de uns tempos pra cá. Parece que foi ontem que comprávamos mangás a 5 reais. Tudo bem que era meio Tanko, mas era o que fala mais com a acessibilidade popular. Aí veio a fandom enfurecida querendo o produto nos moldes do original que encareceu a coisa toda, foi se tornando uma coisa de nicho e se afastando do que deveria ser: pegar novos leitores junto com quem já conhece o material.

    Com essa crescente procura pelo material de HQ e Mangá era natural que os preços aumentem porque o que se escuta é o nicho reclamando da qualidade do material, exigindo que o exemplar seja uma peça de colecionadô com papel de primeira, capa dura e o escambal.

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  16. Agora o mercado está porque está porque o consumidor o moldou assim. Passou a reclamar do formato mais simples, porém mais acessível. Aí matou a distribuição das bancas e das lojas pequenas porque adquirem um material gourmetizado que não vende como um material popular vendia.

    Aí quem quer continuar a consumir esse material tem que apelar pras promoções mesmo, não é culpa da Amazon. Ela não existe pra acabar com a banca do seu Zé nem com a Gibiteria da sua cidade, ela existe porque está suprindo uma necessidade. Assim como a Netflix, ela foi evoluiu e criou um modelo de mercado, passou a produzir conteúdo o que fez com que outras despertassem e concorressem com ela como a Disney. A Amazon descobriu uma nova maneira para atender seus clientes, coisa a Mythos tá fazendo com seus títulos: que agora só vendem no site da editora deles. Vai ser tendência isso: a venda somente pelo site da editora que publica ou a distribuição para um site que tenha um atendimento eficiente, como no caso a Amazon.

    Vocês que consomem o mercado tem uma parcela de culpa, o mercado teve que simplesmente se moldar ao perfil de vocês.

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  17. Eu ia comentar muito, mas o Apo já disse o que penso e aliás o mercado funciona assim mesmo.

    Só acrescento que essa crise começou anos atras mesmo antes da Abril pedir recuperaçao judicial.

    Quando uma “gigante” pede recuperaçao judicial, todo mundo do mesmo ramo já fica de “orelha em pé” porque “algo de errado não está certo” e acende o sinal amarelo em todos os concorrentes.

    Tudo bem que a Abril continua pagando o preço de anos de opiniões absurdas de seus editores, revistas totalmente fora da realidade brasileira e complexo de “Alice no País das Maravilhas”.

    Depois que o fundador Sr. Victor Civita (homem visionário, voltado aos avanços tecnológicos e muito inteligente) faleceu, seu filho Roberto Civita assumiu o comando nos anos 90. Apesar de todo o seu conhecimento e brilhantismo, era extremamente conservador não atentando ainda nos anos 2000, que o futuro estava na internet, no digital, para complementar o papel. Esse pensamento foi determinante para “atrasar” a Abril e, hoje, ajudar a deixa-la nessa situaçao difícil.

    Quando Roberto faleceu, em 2013, o estrago já estava feito.

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  18. Mas esse é só o caso específico da Abril.

    E os outros?

    Bom, muitos dos outros e seus motivos já foram mostrados aqui mesmo pela Mara.

    É claro que a falta de incentivos fiscais atrapalha, claro que o absurdo de impostos sobre mercadorias é altíssimo pra importados e também absurdo pra escritores nacionais; a falta de incentivo à leitura desde a pré-escola é determinante para formar não-leitores e por aí vai.

    O advento a mais de 15 anos do “livro digital”, ajudou mas complicou a vida de muita gente que não soube ou não “quis” se atualizar e enxergar as possibilidades, o preço absurdo da celulose, enfim….

    A crise das “livrarias” pegou muita gente de surpresa, mas quem acompanha esse território a alguns anos sabe que eram “favas contadas” ou seja: do jeito que vinha desde meados de 2000 e pouco, uma hora ia estourar.

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  19. Quanto ao “pessoal” específico dos mangás, todo mundo ta cansado de saber como é. Nem precisa fazer muito esforço no google, aqui mesmo no site tem todas as informaçoes em forma de textos, matérias e reportagens.

    Temos editoras e editores alienados, tem quem se acha dono do mundo, tem quem nao aceita preços competitivos, tem arrogantes, mercenários, enfim tem de tudo um pouco.

    O que todas as editoras de mangás tem em comum?
    1. Arrogância.

    2. Fazem alteraçoes para tentar agradar a toooooodos os leitores e isso só faz mas mal (e mau) do que bem.

    3. (Com todo o respeito) Estão cagando e andando pra nós.

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  20. Tem soluçao? Nao. A verdade é essa. Agora que já virou Titanic e o iceberg ta ali na esquina mandando beijo com piscada marota nos olhos, nao tem jeito.

    O que fazer? Nao sei.
    O setor de gráfica (sabe, gráfica, onde imprime-se livros, mangás e gibis – também) passa por uma crise bem difícil e muitas gráficas tem fechado as portas e /ou mudado para o “boom” do momento que é a “comunicaçao visual”, junto com o “marketing digital”.

    Esses dois modelos de negócios vao, em breve acabar com o modelo de “gráficas de papel” como conhecemos hoje e, as editoras vao ter que rebolar muito pra acompanhar as mudanças.

    Fazer o que a Mythos ta fazendo, imprimir só o que for vendido, transformar TUDO em digital e vender só pela internet, fechar as portas, enfim, nao sei.

    O fato é que as mudanças do e no mercado estão aí e quem nao mudar e acompanhar o que vai acontecer, fechará as portas sem dúdiva.

    Os maiores prejudicados? Claro, nós consumidores e os bons criadores/escritores.

    PS: nao acho que a Amazon esteja fazendo algo errado.
    PSII: Panini, toma vergonha com esse sistema de assinatura ridículo de vocês!

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  21. Não disse que a Amazon esteja fazendo algo errado, “quem pode mais, chora menos”!

    Sempre foi assim e sempre será! Mas todo mundo sabe que é a uma prática de domínio de mercado sim, ela vende com descontos que às vezes são maiores que os oferecidos pela editora aos lojistas (35%). Mas enfim, não é algo que seja errado. Quem dera se todos pudessem dar descontos assim e entregar sem depender dos Correios.

    Aliás, esse é outro problema nessa equação, “os Correios”, afinal; frete caro, demora na entrega, encomendas avariadas no trajeto, produtos roubados e ninguém dá satisfação… enfim… são muitas variáveis, mas tudo que foi dito até agora está certo.

    Acho q ninguém está dizendo que a Amazon é a “bandida”, ela apenas veio para dominar o mercado e conseguiu revirar tudo. Só entendam que tem um “porquê” dela oferecer tantas vantagens! São boas vantagens? Claro! Quem não quer comprar barato e receber no dia seguinte? Mas tem um custo a longo prazo, ela vai ser a única em breve, e depois, duvido que continue tendo tantos descontos assim (mesmo hoje já não tem mais tantos como tinha um ano atrás). Mas enquanto for bom pra todo mundo, que seja…

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  22. Jorginho como disse ela atende uma demanda de consumidores, se ela está vendendo e tendo lucro com isso, ela vai continuar assim.

    A Amazon só vai parar de vender assim, quando não houver mais lucro em vender assim, ou até outra fazer a mesma coisa. Se vier uma Siririca corp competir com a Amazon e essa não conseguir competir com ela vão culpar a Siririca corp de Monopólio.

    Como disse o Eddy os tempos mudam.

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  23. @Eddy o pessoal da editoras de mangás sempre cagou pro público. Preferiu o estrelismo desnecessário do que fazer o que sustenta o negócio: uma gestão eficiente. Estava ansioso por mudanças, e parece que o momento está cada dia próximo de acontecer, não só aqui como no mundo.

    Mas aqui precisava uma chacoalhada: o pessoal estava muito acomodado, por fora da realidade. E se pode ignorar a realidade, mas não as consequências dela.

    Agora aguardemos os próximos capítulos…

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  24. @Eddy o pessoal da editoras de mangás sempre cagou pro público. Preferiu o estrelismo desnecessário do que fazer o que sustenta o negócio: uma gestão eficiente. Estava ansioso por mudanças, e parece que o momento está cada dia próximo de acontecer, não só aqui como no mundo.

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  25. @Jorginho, meu comentario sobre a amazon nao foi réplica pelo seu comentário, que aliás foi bem oportuno.

    É só minha ignorante opinião mesmo. Afinal, na boa, se eu sou a Amazon e o mercado está a bagunça que está, eu teria a mesma política que eles, sem hipocrisia.

    Na moral, qualquer um teria. Se é ruim ou não, o tempo dirá.
    Não posso reclamar porque ( como exemplo) comprei as crônicas de nárnia – vol. único por 27 reais, em uma dessas “promoçoes”, enquanto que aqui em Goiânia, o mesmo livro nao é encontrado em livrarias e os tiozinhos dos sebos, estão cobrando 50 pilas por ele.

    É sinal dos tempos.

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  26. @Apo, mídias digitais e comunicaçao visual passam por profundas transformações.

    Aqui em goiânia – currutela do centro-oeste, gráficas tem fechado aos montes, assim como empresas de “propaganda e marketing”, pois o mercado mudou de 3 anos pra cá e as empresas perceberam que é muito mais barato pagar alguém pra cuidar da imagem da sua empresa, sobretudo nas redes sociais, do que pagar literalmente milhares de reais com uma empresa de publicidade que não consegue dar o retorno necessário, com seus trocentos jornalistas, webdesigners, vendedores e sua estrutura física enorme e cara.

    Jornais de grande circulaçao fecharam ou encerraram suas atividades com papel, a TV Anhanguera – filial Globo aqui, quase beijou a lona da falência e recentemente foi vendida para um grupo empresarial puto de rico com sede em BH, então assim, ta tudo mudando muito rapidamente e pra você ver que é aqui no “Goyas”.

    Pensa em grandes centros como São Paulo e Rio.

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  27. Então, no “fritar dos ovos”, a “crise” das editoras de mangás e gibis no Brasil passa por tudo isso que comentamos e mais, muito mais coisas que estão interligadas entre si e a maioria das pessoas, nem imagina.

    Lastimável, uma pena. E, vai continuar mudando até que esse “modelo” que existe hoje e vem praticamente desde a invenção da Tipografia por Gutemberg, não exista mais.

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  28. @Eddy era sabido disso: mercado não se acomoda. As pessoas precisam se atualizar, senão ficam pra trás. Até mesmo os donos de estabelecimentos: sejam eles pequenos e grandes.

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  29. @Eddy A Amazon pra mim não está agindo assim porque o mercado está bom, e sim porque está ruim.

    A empresa pelo que eu saiba ela não só vende quadrinhos? Ou será que estou eganado?

    Então fidelizar esse tipo de consumidor pode abrir as portas pra eles com outros serviços ofertados a estes, claro que isso vai de perfil de cada um destes.

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  30. O pessoal fala como se a Amazon fosse a maior vilã, que depois de conseguir mercado vai praticar o preço que quiser… Dá vontade de rir. Meus amigos, a Amazon é uma empresa que ganha o cliente com os melhores preços e variedade e isso não é só aqui no Brasil não amigão. Amazon nos EUA dá desconto (e olha que não só são livros lá hein, vale lembrar!!!), e essa é a politica da empresa. Ganhar o cliente com o melhor preço e o melhor atendimento. Ela dá desconto pra ganhar cliente e vender mais. Isso aqui, quanto lá fora, quanto em qualquer lugar do mundo que ela oferece seu serviço. E olha que lá fora os benefícios são bem maiores que em apenas livros.

    Gente aí falando que nego espera a ”ai a Amazon fazer desconto e ela é a vilã” mas a Saraiva (que anda mal das pernas) faz umas promoções bem mais apelativas. Eu mesmo não poderia comprar tudo o que acompanho hoje se não fosse as lojas virtuais e seus descontos. Os ”descontos” no meu caso e acredito que de muitos foi fazer o consumidor poder pegar mais coisas que não poderia se não tivesse os descontos.

    Resumo: Antes de falar que a Amazon é a vilã, que vai fazer monopólio e que depois vai cobrar o preço que quer, da uma olhada no histórico da empresa antes de falar coisa que não sabe.

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  31. O nível de alfabetização no mundo está aumentando, mas paradoxalmente cada vez menos pessoas leem como distração. Como sabemos, nem os best sellers do Brasil não vendem tanto em relação à população total.
    E não adianta falar só da escola, a família também faz parte do processo. A escola fala pros guris que ler é importante e legal, mas em casa os pais preferem dar dois toques no tablet e botar Luccas Neto e Aventuras de Poliana pra criança assistir… nem os pais leem livros pra dar o exemplo, se é que compram algum livro. (e costumam ser os mesmos pais que acham ruim quando o reizinho vai mal na escola, mas já estou fugindo do assunto)

    Acho que se eu fosse artista de quadrinhos/mangás, tentava converter minha história pra roteiro de animação, juntava uma equipe amadora (dublador e animador não falta no Brasil), abria um canal no Youtube e corria pro abraço. Capitalismo é isso.

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  32. É o que sempre digo: O QUE FALTA NESTE PAÍS É PLANEJAMENTO! Agora tem a crise das livrarias e das editoras (com direito ao “surrealismo brasileiro’ com 3 notícias de editoras, uma em cada dia), e mais um pra dar seus pitacos… E dar pitacos em relação aos pitacos dos outros:
    1-Conversão para o digital: Concordo plenamente. A JBC teve visão de fazer isso no final do ano passado, e agora começou a fazer uma enxurrada de lançamentos em digital justo no ápice da crise. Ponto pra eles
    2- “Se mais pessoas lessem, a crise seria amenizada”: Concordo plenamente. Se leitura/cultura fosse uma coisa essencial a pelo menos 1/3 da população, a situação não seria tão dramática assim
    3-“Firulas de colecionador mataram o mercado brasileiro” (Sim, estou me referindo ao Apo): Agora começa as discordâncias. Se fosse isso, a editora Pipoca & Nanquim nunca teria existido em primeiro lugar. Os caras pegam as obras que eles quiserem, colocam a qualidade mais estupidamente alta possível, e o resultado é várias vezes chegar aos mais vendidos da Amazon e uma indicação ao prêmio de Melhor Editora no HQ Mix já no primeiro ano deles (embora ache improvável que eles ganhem). Claro que o fato da distribuição deles ser apenas online (e também por terem loja própria) ajuda muito, mas dá pra ver que o colecionismo não é o apocalipse que o amigão aí previu. “Bom mesmo era quando o mangá custava 2, 3 pilas” CARA, de que adianta custar tão barato se a por** da página vai sair, se a tinta vai sair da folha, ou a capa vai descolar? Claro que ser acessível não é inerentemente ruim, tenho vários gibis da Mônica ainda em casa (de quando criança, claro) e mesmo com qualidade gráfica sem destaques, também nunca aconteceu nada com eles até hoje. Nem preciso falar da Devir, que sempre foi bem careira e hoje tá até melhor que alguns anos atrás…
    4-“Distribuição física está morta” Depende gente. Se fizer o trabalho direito, vai dar tudo certo. Por exemplo, eu vou constantemente na Livraria Leitura da minha cidade (Belém) que existe desde 2015, e além de ser um local muito bacana em todos os sentidos, eles (quase) nunca tiveram problema com nada. E a Leitura nem loja virtual tem, o foco é no físico. Quando fui pra São Paulo, Martins Fontes também era muito bom e eu não vejo eles em nenhuma dessas notícias da crise das livrarias (E OLHA QUE ELES TEM EDITORA PRÓPRIA!)
    5-“As editoras deviam ter loja própria” Concordo plenamente. Uma das poucas falhas da JBC é eles ainda não venderem os mangás diretamente (espero que isso mude no futuro)
    6-Futuro da Amazon: Cara, o futuro pra mim é um mistério. Se continua os descontos, com ou sem concorrente, ótimo. Se ficar uma bosta, então a gente protesta. Fim
    É isso gente

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  33. Não é só falta de investimento em educação e estímulo dos pais. São os tempos mudando.
    Essa redução de leitores de mangá é vista até no Japão, infelizmente não encontrei de novo a pesquisa, mas não se deve apenas à redução populacional que o país passa. Hoje em dia as crianças tem muito mais coisas pra se distrair do que antigamente, é só tentar pensar como elas: você prefere um filme cheio de ação, músicas, cores e efeitos especiais ou folhear um monte de imagem parada (e em preto e branco)?

    Mesmo adultos que cresceram na época das mídias impressas nem querem mais saber disso. Muitos leram gibi quando criança, hoje em dia fazem tudo menos ler quadrinhos. Não duvido que em algumas décadas as histórias em quadrinhos entrem em extinção de vez e só sobrem animações. Vai ver o negócio é ir pra roteiro de animação mesmo, afinal, o objetivo é ganhar dinheiro com a história não é? Só vai ser num formato diferente. Mas tem uma coisa: o autor vai ter que deixar de ser ciumento com a sua obra e ser aberto a “sugestões” dos superiores que podem mudar bastante a história original, em nome de audiência e lucro. E mesmo que você seja o dono do estúdio, da porra toda, mais cedo ou mais tarde vai ter que ceder pois as contas vão chegar.

    Quer ganhar dinheiro e ser conhecido? Tem que aprender a dançar conforme a música.

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  34. Respondendo o número 3 do Bruno dos Anjos: qualquer iniciativa de hoje é para nicho. O caso do Pipoca e Nanquim foi mais um vexame do que realmente um acerto, por conta do produto sem um aviso específico que era um mangá que até foi abordado aqui. Outra: um leitor não quer saber se a editora é premiada quando quer adquirir. Quer ter diversão e entretenimento acessível e as editoras tem que mostrar que seu produto é bacana com ações de Marketing para a massa e não pra grupinhos. Então seu argumento é inválido.

    Quem se preocupa se capa vai descolar, papel vai rasgar etc… são colecionadores, gente comum só quer ter acesso. Não precisa ser um primor de qualidade pra colocar na estante, e sim algo que use bons materiais.

    Você mesmo citou os gibis da Mônica: esses ainda estão no mercado, enquanto os mangás se retiram porque estão utilizando material mais caro que não compensa em um local popular como banca e indo pras livrarias em quantidade cada vez mais limitadas. Situação mais óbvia que mostra o problema que essa, impossível.

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  35. “O caso do Pipoca & Nanquim foi mais um vexame do que realmente um acerto por conta do produto sem aviso especificando que era mangá”
    Então quer dizer que a editora aclamada e bem vendida foi um vexame total por uma polêmica que em 2 dias todo mundo já tinha passado pra frente? Tá de parabéns viu…
    “Gente comum só quer ter acesso”
    Como você sabe que todos fora do colecionismo só querem ter acesso? Você falou com essa entidade chamada “gente comum” que te disse “não me importo com ‘firula de colecionador’ não, o que importa é que eu tenho acesso”? Se é isso, vou te contar uma coisa: quando eu era criança, eu não era (e nem me considero até hoje) um colecionador, e mesmo assim eu mantinha todos os meus gibis bem cuidados, tendo cuidado pra manusear e etc.
    “Leitor não quer saber se a editora é premiada quando quer adquirir”
    Tá, isso foi mesmo um erro. Tem que ter humildade pra reconhecer os erros também. Mas tu também não pode ficar muito confiante não, pois logo em seguida temos isso:
    “esses [Mônica] ainda estão no mercado enquanto os mangás se retiram porque estão utilizando material cada vez mais caro que não compensa em um local popular como banca e indo pras livrarias em quantidade cada vez mais limitada”
    Existe uma coisa chamada TRADIÇÃO, Mônica está no mercado até hoje por conta disso. Isso é um conceito que se aplica em outros lugares, como o YouTube, canais como Nostalgia, se fundados hoje, JAMAIS seriam tão famosos do que se não tivessem sido fundado ANOS ATRÁS, quando o YouTube ainda estava em seu início no Brasil. E outra coisa, quem disse que os mangás estão se retirando? Só se for o mês de agora que tu tá se referindo… Ghost in the Shell foi o livro mais vendido da Amazon por 2-3 meses (e olha que não é HQ, e sim LIVRO!), Akira também ficou nos primeiros lugares também durante vários meses. “Mas são histórias conhecidas” Sim, mas já quebra a ideia de que os mangás estão se retirando (ainda mais que esses dois são bem luxuosos…)
    Essa discussão está ficando interessante…

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  36. Pelo seu jeito de falar você é mais um consumidor formado por essa cultura atual: claro que você começou como um simples leitor, mas isso foi se refinando. Mas como se iniciou isso? Com um material popular, acessível. Pipoca e Nanquim mais parece algo criado por Nerds Bazingueiros por gente que quer ganhar mercado em cima de uma oportunidade, atraindo novos leitores.

    A questão é que Turma da Mônica se mantém porque mantém o material popular: com menos de 10 pratas tu pode chegar e comprar o material. O mangá também começando assim, começou a ouvir demais o público que consumia com o marketing social, achando que isso bastava. Esqueceu de criar uma via para novos leitores. Turma da Mônica mantem o material popular, além de investir em outros nichos como a coleção Jovem, Graphic Novels e afins… Eles diversificaram ao invés de sufocar o nicho com enxurradas de publicações.

    Agora vemos o caminho tortuoso das editoras de mangá: apostar no formato digital. É uma maneira de tornar mais acessível esse material porque tão tomando na cara a má política que praticaram durante anos, procurando uma segunda via.

    Vendas online não são padrão de vendas total.

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  37. Lol, é nesse tipo de situação que acabo até me arrependendo de reclamar do papel jornal
    Afinal, a qualidade pode ser boa, mas de que adianta se o preço tá tão alto que nem dá pra comprar?
    Um exemplo é mahou tsukai no yome. O primeiro volume custava em torno de 21/23 reais, sofreu reajuste, foi pra 26. E agora acabou chegando em 28. Mas o que mais me assusta nesse reajuste é que o mangá tá só no volume 5…

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  38. Claro que o preço do papel sobe e é justo repassar pra gente (apesar de que quando o dólar cai ou há leve deflação isso não se reflita), mas porque o digital não tem o preço bem mais baixo?

    Não acredito que é por “força de contrato” que eles sejam caros assim.

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  39. Mas até aí, mídia digital tem os custos dos servidores, onde tudo tem que estar sempre funcionando, da segurança dos dados que precisa ser constante… Isso influi no preço final, por isso que não se tem tanta diferença de preço em comparação com mídia física

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  40. Com respeito ao digital contra o físico, falta vontade dos editores daqui de fazerem promoções de verdade.
    https://www.comixology.com/Battle-Angel-Sale/page/19274?ref=c2l0ZS9pbmRleC9jb20uY29taXhvbG9neS50YWIubWFuZ2EvZGVza3RvcC9sYXJnZUNhcm91c2Vs

    Não existe razão pra cobrar caro num formato digital, mas a premissa aqui dos editores e mesmo alguns artistas brasileiros é sugar tudo que podem, dane-se que o preço do físico e digital são iguais.
    https://www.comixology.com/Manga

    O Comixology vende conteúdo digital de tudo que é editora a tempos e tá levando o trampo deles adiante. Tem outros aplicativos pra ler comics no celular e alguns nem cobram por conteúdo original feitos pelos artistas.
    Mas ok né? Cada um faz o que achar melhor. Mas depois que der merda não vem reclamar que as coisas não dão certo e que ninguém quer saber.
    Tu planta o que tu colhe.

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  41. Eu continuo com meu sonho vivo disso tudo falir logo e surgir uma netflix de mangás e quadrinhos com assinatura mensal! Com capítulos sendo tragos para todos os idiomas com D-1 de diferença do lançamento original ou até em lançamento simultâneo. Só não entendo por que isso ainda não existe (ou se existe por que ainda não achei)!? Os japoneses teoricamente são inteligentes o suficiente para fazer isso e hoje já existe software bom para que seja possível que qualquer um faça a tradução e lance sobre os balõezinhos, facilitando as tarefas de tradução/correção de forma automática. Agora, por que não existe vontade de mercado. Brasileiros, mexicanos, americanos, franceses entre os principais consumidores de material. Será que é falta de visão ou a grana não compensa?

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  42. @Aemis: A Grana gasta não compensa. Em 2015 foi lançado o site / app do Social comics, com quadrinhos nacionais e estrangeiros, a ideia era repetir a feita do Netflix que até hoje é relevante pro povão, mas com quadrinhos.
    Em 2015, o Omelete entrou na brincadeira e fez um aporte de 2 Milhões de Reais pro Social Comics.
    https://www.tecmundo.com.br/comic-con-experience-2015/91289-netflix-quadrinhos-social-comics-tem-novidades-peso-ccxp-2015.htm
    Hoje, em 2018, indo na página do aplicativo, eu te pergunto: valeu a pena?
    https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.socialcomics.app&hl=pt_BR

    Sim, mais de 10k de instalações. Isso em 3 anos de vida. 2 Milhões pra chegar, vá lá, em talvez 20.000 pessoas contando quem lê pelo site mesmo.
    Aí eu te pergunto, se com um aplicativo com grana, chega em 10k de pessoas, quantas pessoas chegariam num app de mangás?
    Devo pensar que menos ainda, o que explica a falta de investimento no digital.

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  43. @TheFool eu sou desenvolvedora de software, e cheguei a usar o Social Comics durante um tempo, mas a proposta é totalmente diferente do que disse. A ideia do app era muito mais dar espaço para novos quadrinhos, novos autores em publicações em muitas vezes desconhecidas pelo público do que realmente ocupar o app com volumes de quadrinhos famosos e que para aquisição física só é possível por colecionadores devido ao preço ou um scan pirata por aí.
    A minha ideia não é para esse lado e não pode ser iniciada por brasileiros (ou outros países pequenos que não tem um mercado editorial de quadrinhos forte), talvez uma união de americanos com japoneses e talvez franceses que tem um mercado mais forte de quadrinho talvez? – falo de ser esses países pois eles sim tem os direitos dos quadrinhos mais famosos e que realmente atrairiam público.
    Quadrinhos alternativos, independentes são ótimos, porém não sustenta o mainstream.
    Imagina se o spotify só tivesse bandas de garagem, daria certo? É o mesmo pensamento.
    Se a Netflix só tivesse filmes independentes ou underground.
    Como disse anteriormente, tem de partir dos detentores de direitos, talvez de uma união das revistas japonesas de expressão,Marvel/DC e etc com o foco exatamente na sobrevivência do mercado, assim como foi com o spotify e música. É algo que está fora do nosso controle e ainda participa dos meus sonhos molhados.
    Por que tem de ser assim? Além do motivo que falei acima, de ter um acervo relevante, ainda é necessário com certeza uma organização para detenção dos direitos de exibição das obras que pelo o que sei é muito problemático, principalmente por mangás, que são bem restritivos e infelizmente não parecem ter uma visão de mundo positiva da internet com o compartilhamento social, usabilidade mundial e interesse de disseminação da cultura.

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  44. @Aemis: Difícil acontecer isso que tu gostaria. Por anos a fio foram vendidos super-heróis da Marvel e DC e coisas da King Features ( Recruta Zero, Fantasma, Mandrake, etc ) Esses últimos caíram e sobrou a Disney, os Supers de sempre e assim foi até hoje. Não sei o que os empresários estrangeiros (EUA e Japão) pensam do mercado brasileiro de quadrinhos em geral, mas devem achar que não somos uma opção tão valiosa assim que valha o investimento.
    Vide o que acontece na Europa, onde a venda de mangás vai bem, obrigado.

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