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O Grande Guia dos Tipos de Leitores de Mangás do Brasil

Muitas pessoas pensam que o Mais de Oito Mil é apenas um local para ficar chochando o mercado otaku do Burajiru, mas a função deste site é servir quase como um espírito do tempo que mostra o verdadeiro otaco da atualidade. Como parte dessa grande missão que Kami-Sama me designou, fiz uma grande investigação para descobrir quem são os leitores de mangás do Burajiru agora em 2017. IKIMASU ver em quais tipos vocês se encaixam?

O Incentivador do Mercado Nacional

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Tipo de leitor que existe desde o começo da implantação dos mangás no Brasil. Como o mercado era pequeno, havia um pensamento de que os leitores deviam comprar qualquer tranqueira lançada apenas para incentivar o mercado. Hoje em dia, mesmo com o mercado ~consolidado~, ainda temos gente endinheirada ou sem senso crítico que quer apenas ajudar para que venha mais coisa.

O Lombadeiro

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Mais preocupado com estética que com o conteúdo, o Lombadeiro passa horas na banca de jornal procurando o mangá mais alinhado segundo as condições naturais de temperatura e pressão já imaginando como ele ficará na estante. Não tem taanta vontade assim de ler, mas sente um prazer quase sexual de postar foto de estante de mangá com tudo uniforme.

O Sommelier de Papel

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Leitor especialista que emergiu em 2014 durante a crise do papel das editoras. Com poucos cliques no Google tornou-se um entendido no mundo editorial, capaz de perceber qual a gramatura do papel apenas olhando o quanto da página anterior aparece na transparência. Compartilha alguns fetiches com o Lombadeiro, como o fato de comprar saquinhos plásticos para proteger o papel e deixar sua estante com cara do estoque da Comix.

O Acionista de Editora

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Para os Acionistas de Editora não importa o formato, o preço, o mangá ou mesmo se a história é interessante, tendo o selo de alguma editora já é o bastante para comprar um título e se horrorizar com os da editora “rival”. Atualmente os Acionistas que mais se destacam são os Panini Lovers e os JBCzeiros, que podem ser facilmente identificados em grupos de mangás com comentários do tipo “Anúncio da Panini em formato XXX? É cofre!” ou “Cassius Mitauar”. Cuidado: eles surtam se você os classifica como fanboys de editoras.

O Casual

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O leitor casual não participa de grupos, não liga muito para o formato e apenas se preocupa com a qualidade da história e com o preço. Considera mangá apenas como um entretenimento, e faz uma leitura bem descontraída do material (normalmente nem lendo as legendas das onomatopeias).

O Entusiasta de Brindes

marcadores

Acostumado a comprar a revista Recreio na infância e os chocolates Kinder Ovo, o Entusiasta de Brindes é bem mais preocupado com os extras que com o mangá em si. Chega a comprar volumes de mangás que nem ao menos acompanha para ter aqueles brindes exclusivos como adesivos e marca páginas. E se o mangá foi lançado nas bancas com dois brindes diferentes, compra duas vezes porque sim.

O Cotejador

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Por ter feito alguns semestres de japonês na Aliança, o Cotejador se julga o entendido da bilinguaridade e faz questão de comparar a tradução das editoras com o original, apontando ~erros absurdos~. Há também o Cotejador poser que compara apenas com scanlations do idioma que conhece.

O Não-Fã (atualmente em extinção)

O Não-Fã é o leitor que via o anime na TV e comprava os quadrinhos. Se confunde com otakices desnecessárias dos mangás, como a utilização de honoríficos -chan -kun -san, não segue editora alguma no Facebook e precisa ser conquistado fora do nicho que as editoras atuam. Poderia ser a solução para vendas baixas, mas nenhuma editora está muito interessada em transformar um leitor ocasional num leitor habitual de mangás.

34 comentários em “O Grande Guia dos Tipos de Leitores de Mangás do Brasil

  1. Existem mais dois tipos, que talvez sejam tangentes a esse catálogo:

    O digital, que só lê mangá em scan (seja ilegal, sejam os poucos títulos da Crunchyroll) por achar mangá físico um porre e/ou mora em um estado que não é agraciado pela distribuição.

    O importador, que resolveu comprar aquele mangá que nunca sairia no Brasil por uma facada no Book Depository, viu quão melhor era a qualidade do papel/tradução/etc, e nunca mais pisou numa banca.

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  2. Faltou um muito recorrente, que é o couching das editoras, ele fala coisas como ”porque essas editoras nao trazem jojo, so podem nao estar querendo ganhar dinheiro!!” e coisas assim.

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  3. Quando eu me encaixo em praticamente todas as categorias eu sou só metido a colecionador expert sub intelectual, peço abertura de Naruto no Fantástico ou tenho que criar conta no instagram pra postar fotinhas da coleção (pra ninguém ver)?

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  4. Como leio os mangás na internet, para ver se gosto antes de gastar meu dinheirinho nele, me classifico como um lombadeiro, ainda não aceito aquela lombada preta de blue exorcist,mas pelo menos li e leio todos os mangás que tenho.

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  5. O Não-Fã (atualmente em extinção)

    O Não-Fã é o leitor que via o anime na TV e comprava os quadrinhos. Se confunde com otakices desnecessárias dos mangás, como a utilização de honoríficos -chan -kun -san, não segue editora alguma no Facebook e precisa ser conquistado fora do nicho que as editoras atuam. Poderia ser a solução para vendas baixas, mas nenhuma editora está muito interessada em transformar um leitor ocasional num leitor habitual de mangás.

    É como se eu tivesse escrito isso. :)

    Por isso que CDZ é atualmente 10% do faturamento de mangás:

    https://bibliotecabrasileirademangas.wordpress.com/2017/02/14/nr-242-cavaleiros-do-zodiaco-representa-10-do-faturamento-da-jbc/

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  6. Eu me definira como casual também, aliás mal tenho tempo pra pegar mangá. Prefiro os poucos Animes que acompanho (isso irrita meus amigos xiitas de mangá). Simplesmente porque troquei a leitura de mangá pela de livros.

    Mas se rola uma oportunidade eu volto a ler.

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  7. ja fui um incentivador (no inicio dos mangos por aqui) hoje estou mais pro casual

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  8. Proteger qualquer tipo de publicação seja revista, livro ou quadrinhos porque na minha casa o bolor se alastra fácil me tornaria um sommelier de papel?

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  9. kkkk quem sou eu pra apontar algum tipo de leitor que tenha faltado, pois o guia ta excelente… mas tem aquele leitor da nostalgia, que só compra aqueles que era fã do anime quando criança/adolescente. Vlw!

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  10. E pensar que já gastei horrores com coleções inteiras, fazia shopping em evento com vários mangás. De acordo com o guia, eu era um leitor Casual. As vezes bancava O Tapa-Olho baixando scans.
    Hoje mal tenho vontade de ler os últimos que comprei a mais de 1 ano, alguns estão até com lacre. Preguiça? Falta de espaço? Prioridades? Um pouco de cada um define.

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  11. Fiquei uma mistura de casual + não-fã. Leio de vez em quando, “descubro” o anime primeiro, não tenho editora preferida (só sigo a Panini no Facebook por causa de um mangá que ela trouxe). O risco de extinção é real

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  12. Os Não-Fãs nada mais são os resultados da falta de marketing das editoras, ou seja, sabendo que um mangá tal que é popular no Japão e no mundo é lucro garantido e pra quê vão investir em produto nacional que é mais trabalhoso e caro.

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  13. “pra que vou comprar um mangá se tem de graça na internet” ¬¬’. serio mesmo. q existe gente assim ?

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  14. com mangás sou casual com um pouco de lombadeiro.

    com comics já fui incentivador, hoje sou casual clássico (só leio coisa antiga)

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  15. Sou meio uma mutacao de casual (nao sou cassiuzete nem kodazete) e sommelier (coloco plastico nos mangas e compro caixa para guardar kkkkk).

    Penso em futuramente ter uma estante (lombadeiro) e em casos beeemmm especificos sou incentivador ( new pop anunciou gto comprei usagi drop hahahahhahaha. Fuckin lógica)

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  16. Uma coisa que eu me importo muito é tradução, e eu sei que no quesito de tradução, todas as editoras são boas, tem o que melhorar, mas eu sinto a diferença em ler um mangá em scan onde o texto ta todo confuso e estranho, e depois comprar o mangá e ver um texto fluído e que faz sentido. mas claro, embora o povo esteja mais preocupado com coisas estúpidas, como o fato de terem usado honorifico ou não… e a gente também não pode deixar de se preocupar com a qualidade física, afinal, estamos comprando o produto pra ter em mãos! eu me importo com a gramatura do papel, é bem desanimador quando o mangá tem aquele padrão de papel jornal, mas não deixo de comprar por causa disso, inclusive compro dois títulos ótimos que infelizmente tem essa gramatura, black buttler e assassination classroom. e esse negocio de guerrinha entre editoras é ridículo, eu acho que todas as editoras melhoraram muito do que eram 5 anos atrás, e acho que todas fazem um bom trabalho, apesar das escorregadas aqui e ali, nenhuma faz um trabalho tão melhor do que outra pra ficar com esse fangirlismo desnecessário, eu apenas compro os títulos que me interessam, nao importa se é panini, jbc, newpop, editora abril, etc etc

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  17. Faltou o fã mercenario-explorador que compra mil copias de um volume de um dado manga, espera que fique raro e depois vende a preço de ouro no Mercado Livre ou grupos de venda de manga do Facebook.

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  18. Sou casual com 5% de Somellier de Papel (porque compro saquinhos)! E achei que era o único que mal lia essas traduções das onomatopéias.

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  19. Eu sou muito lombadeiro hahahah! Como eu moro no norte do país a mistura de calor e humidade acaba com qualquer papel, ainda mais o jornal, então ou bota no saquinho ou a validade do mangá fica de um mês. Pra piorar eu compro mais mangás do que consigo acompanhar pensando “um dia eu ainda vou ler e não quero ter que ir atrás deles no mercado livre”

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  20. Vish, até uns meses atrás eu era uma mistura de incentivadora e lombadeira, cheguei a comprar mangá que não conhecia simplesmente prq achei a capa e a lombada bonita e queria ver ela na minha estante, não abri pra ler até hoje. Também já comprei muita tranqueira que não era do meu interesse só pra “incentivar o mercado”.E também fico tirando foto da estante só pra ostentar pros coleguinhas =X (E era um tequinho de acionista de editora, só um pouco, batia palmas pra Panini e tinha frescurinha com a Jbc, mas isso já fazem uns anos)
    Mas como agora estou meio pobre, sou mais casual, só compro oq realmente gosto, que é oq dá.

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  21. Eu sou o tipo “Leitor Fóssil”: tinha vários mangás títulos antigamente, mas o hábito ficou no passado e hoje em dia nem etende mais qual éa graça de colecionar mangá.

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