Mara na Minha Casa

Mara na Minha Casa – Os bastidores da visita à Editora JBC

Enquanto a Imprensa Especializada (pff) cada vez mais fica limitada a seus quartos cheios de travesseiros moes e pôsteres antigos da revista Ultra Jovem, o site Quiabo Gyabbo foi fazer uma visita à editora JBC. Graças à minha amizade com a redatora Karol do Gyabbo e sem a editora desconfiar, me infiltrei na caravana e invadi a redação da JBC. A matéria do Gyabbo já está no ar e pode ser vista aqui, mas minha função é divulgar e enaltecer os bastidores dessa visita, contando para vocês tudo o que rolou naquele prédio comercial. IKIMASU conferir?

Fomos recebidos na saída do elevador por Marcelo Del Greco, editor responsável em nos recepcionar e ao mesmo tempo evitar que descobríssemos os planos secretos da empresa JBC. Todo sorrisos, Marcelão nos levou para uma sala oculta. “Aqui é onde gravamos o Henshin Online” disse enquanto entrávamos lá esperando encontrar um ambiente lúdico e estimulante. Ledo engano.

Karol logo percebeu que estávamos presos numa sala totalmente escura, com isolamento acústico e apenas um banheiro. Ela é mulher forte, mas até a rainha do Gyabbo viu suas forças se envaírem e sentou no nosso cativeiro para chorar:

karol-presa-jbc

De repente, em meio à sentença de ficar dias presos com apenas um banheiro e uma televisão transmitindo 24h os Henshin Online, Marcelo Del Greco retornou à sala com uma cadeira. Ele apenas tinha ido buscar o móvel para que pudéssemos bater um papo mais descontraído. O medo daquele cativeiro omitiu de nossas mentes perguntas mais cabeludas, mas a visita à JBC permitiu conhecer muito dos bastidores da produção de um mangá.

Marcelo (tão falante quanto nas palestras) é do tipo que conversa sobre tudo, contando histórias da época que os mangás eram impressos em papiros e revelando seus sonhos mais internos como o de virar YouTuberLogo percebemos que Del Greco era apenas uma isca, nos distraindo no cativeiro enquanto Cassius e seus asseclas faziam um pente fino na redação. Qualquer vestígio de novos lançamentos ou de funcionários insatisfeitos deve ter sido trancafiado num armário do grande complexo que são os andares da JBC naquele prédio. “Estamos prontos” disse Edi Carlos, responsável pelo marketing, em código para que Marcelo Del Greco entendesse que estávamos liberados para conhecer a editora.

Euzinha e a equipe do Gyabbo fomos caminhando até chegar à redação, onde fomos recebidos por todas as pessoas da empresa em suas respectivas funções. Graças à minha astúcia e habilidade chuunin, consegui disfarçadamente tirar fotografias dos editores em suas mesas sem que eles percebessem:

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Cassius Medauar, a cara da editora no Henshin Online, nos convidou para um tour conhecendo cada estação na produção dos títulos. Conhecemos desde o funcionário responsável por tratar a arte dos mangás (afinal, em alguns casos eles precisam escanear o original pois a editora japonesa não tem o arquivo digital original) até mesmo a parte do marketing. A equipe do Gyabbo conseguiu até um papo exclusivo com, segundo os otacos do Facebook, o funcionário mais importante da indústria de mangás atualmente: o moço que faz os marca páginas. Por trás de um sorriso honesto por ter seu trabalho admirado, via-se no fundo de seus olhos o temor diante das ameaças de morte por parte dos otacos que não ganham marcadores exclusivos em todas as edições.

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Em um dado momento, vi uma pilha de páginas de mangás que foram usados pela tradução e que agora servem como guia para montar os diálogos na diagramação. Infelizmente, Cassius Medauar e seus olhos de águia percebeu minha transgressão jornalística e me fuzilou com o olhar. Talvez por estar fotografando um segredo de estado que ele não conseguiu esconder? Talvez por impedir que ele dominasse mais um ginásio de Pokémon Go? Nunca saberemos. Perto da hora de ir embora, Edi Carlos sugeriu que tirássemos uma foto em grupo. Tive receio, afinal minha imagem poderia ser usada para alertar ninjas contratados pela editora, mas topei a contragosto.

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Essa foi minha visita à JBC. Ao contrário do Gugu que te visita com um sininho para encontrar itens ou um tanque para brincar de “Afunda ou Boia” com meio-tankos antigos, minha invasão à editora serviu para conhecer onde a ~magia é feita~ e para passar minutos de pânico numa sala com a equipe do Gyabbo sem saber se voltaríamos a ver a luz do dia.

Aliás, não arranjamos nenhuma exclusiva, não flagramos nenhum mangá oculto e muito menos encontramos um poster motivacional do Cassius nas paredes, mas a matéria do Gyabbo ficou bem completinha e você pode assisti-la clicando aqui. E para provar que todo esse meu relato é verdadeiro, basta conferir o olhar de desconforto de Karol em boa parte do vídeo:

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Quem será que visitarei agora? A Panini? A NewPOP? A gráfica caseira do Kira dos Mangás? Fiquem ligadinhos nas novidades!

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