MdOM Mangás · Opinião Impopular da Semana

Desculpa ae, mas o Naoki Urasawa não é um autor tão bom assim, tá?

Quando você começa a ler mangás e decide pesquisar um pouco mais sobre o gênero, acaba caindo numas frases que você aceita como verdades absolutas e passa a repeti-las. “Osamu Tezuka é o deus do mangá“, “Toriyama é mestre da comédia” e, como é o caso da minha matéria de hoje, “Naoki Urasawa é o mestre do suspense“. Confesso que quando eu era uma otaca jovem eu comprei a ideia, e sentia isso toda vez que pegava um volume do Monster da Conrad pra ler. Anos depois, a Panini publicou a história inteira do doutor Tenma e ainda engatou um 20th Century Boys, e ler essas histórias (que são as mais conhecidas do autor) só me faz pensar que ele não merece nem um pouco a fama que tem.

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As duas histórias partem de premissas curiosamente parecidas (homem é culpado por um psicopata a solta e decide ir atrás dele pra questionar “o que cê tá fazendo, mano?”), mas executadas de formas diferentes. Se você não faz ideia do que tô falando, Monster é a história de um médico que vai atrás de um jovem assassino e 20th Century Boys é a história de um grupo de amigos que se unem para impedir que um líder religioso transforme as brincadeiras deles dos tempos de criança no fim do mundo. Cá entre nós, são duas premissas muito boas, né? Não há como negar.

Ler os primeiros volumes de Monster e de 20th Century Boys é quase como ser tragado pra dentro daquela história, é algo muito impressionante. O autor sabe conduzir a trama muito bem, e o suspense é na medida, isso sem falar no traço único. Se tô falando isso, por que o título da matéria é que o Urasawa não é tão bom assim? Bem, porque do meio pra frente, meu querido tomodachi, os mangás dele despencam ladeira abaixo.

(O post tem spoilers, mas eu aviso antes pra você não ser uma pessoa frustrada e amarga como eu)

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[Este parágrafo contém spoilers leves de Monster] Durante longos 18 volumes, o doutor Tenma e a irmã de Johan saem atrás do jovem psicopata, reunindo pistas e descobrindo o passado do vilão. Conhecem personagens, fogem da polícia, reúnem pistas, conhecem mais personagens, fogem mais da polícia, reúnem mais pistas, conhecem outros personagens, e assim sucessivamente. Monster tem pelo menos umas 3 situações de clímax que nunca vem, como se o autor segurasse a ejaculação para durar mais tempo do que deveria, fazendo a foda ficar muito inconveniente (desculpa a comparação com sexo, vocês nem devem saber do que estou falando). Mas ok, podemos dizer que Monster ainda consegue se sair bem, mesmo com o final péssimo e a história arrastada, mas NADA justifica 20th Century Boys ser considerado um mangá bom.

[Este parágrafo contém spoilers leves de 20th Century Boys] A premissa de 20th Century Boys é muito boa, e eu fui fisgada pelo mangá já no primeiro volume. Do tipo que achei genial mesmo. A cada página eu ficava vidrada nas investigações do Kenji a respeito da seita do Amigo e ficava surpresa com os flashbacks mostrando como toda a trama foi surgindo em meio a brincadeiras de criança. Se vocês fizerem que nem rolou com o Biel e forem atrás de tweets antigos meus, verão que bimestralmente eu dizia que 20th Century Boys era um dos momentos mais felizes do meu bimestre, ao lado de gaems e bares com amigos. Cês precisavam ver minha cara quando o autor me surpreendeu com a reviravolta lá pelo volume 5… bem, o problema é que a história tem 24 volumes

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[Este parágrafo contém spoilers PESADOS de 20th Century Boys e 21th Century Boys] Ok, foi muito inesperado que o grupo do Kenji perdesse a batalha no Reveillon de Sangue e que o Amigo virasse uma pessoa tão influente. Rolou o time skip, a Kanna virou uma personagem importante, o Kenji estava tão morto quanto a linha de mangás da Conrad atualmente e a história começou de novo praticamente. Foi um pouco arrastada que nem Monster, mas tava indo bem. O momento com o Godzilla foi bem legal, inclusive. Aí o autor foi construindo uma situação que ficaria linda para um final, com o assassinato do Papa… até que PÁ, ROLA MAIS UM TIME SKIP COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIO E A HISTÓRIA COMEÇA DE NOVO, MAIS PRO FUTURO AINDA. Com mais personagens enfiados no rolê contra o Amigo em meio a um cenário distópico mais cafona que a premissa do Ash vs Red, a coisa começou a degringolar num nível que não tinha mais conserto. Até o retorno do Kenji foi a coisa mais forçada do mundo! Depois de terminar tudo bem corrido, começou o 21th Century Boys (que não faz sentido ter zerado a numeração e muito menos a Panini dizer que se pode considerar o volume 22 como o final da história) e MEU KAMI-SAMA DO CEU, O URASAWA TÁ ESCREVENDO ISSO COM A BUNDA, SÓ PODE. Como que o mangá que me prendia tanto no começo virou essa palhaçada? Quando começou a coisa de que existe um novo Amigo, a bomba antipróton e o papo sobre cópia da cópia eu já comecei a pensar que isso, na verdade, é um grito de desespero do autor, que criou uma galhofa tão patética para chamar a atenção do público para seu encarceramento nos porões da Shogakukan.

[Cabô os spoilers no texto] Normalmente eu esperaria o final do 21th Century Boys para falar com propriedade da história como um todo, mas não dá. Comprarei a última edição porque tenho meus momentos masoquistas, pois o Urasawa despirocou completamente e até tenho curiosidade em saber como essa merda vai acabar. Por ser algo recorrente, posso até dizer que o Naoki Urasawa é um autor que tem ideias maravilhosas para começar uma história, mas que se perde completamente em algum lugar ali no meio. Seja por pressão do público, da editora ou apenas para garantir o cheque da Shogakukan todo mês pra pagar as dívidas, a forma arrastada como ele trabalha Monster e 20th Century Boys é muito parecida com a de uma famosa autora que também é conhecida por ser mestre.

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Igualzinho à Rumiko Takahashi, mestra dos autores que têm boa premissa, mas não têm a famosa hora de parar.

31 comentários em “Desculpa ae, mas o Naoki Urasawa não é um autor tão bom assim, tá?

  1. Infelizmente o autor também está se debatendo e arrastando em Billy Bat. A última história tem um ritmo diferente das anteriores, mas utiliza os mesmos recursos de passagem no tempo para evitar não ter que explicar os buracos que deixou. Apesar disso, o gosto não está tão amargo com o final das duas últimas obras ( o “mistério” é mais digerível, a ideia de como contornar o “vilão” é mais palpável).
    Voltando às críticas, eu me senti tão perdido quando o mistério de Monster foi revelado,; sinceramente me senti burro lendo uns dois-três volumes. É tão confuso que nem sei se tenho vontade de ler

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  2. Acho que o maior problema neste caso não chega nem a ser do autor, mas sim do problema editorial das editoras japonesas, que sugam seus autores e “impedem” que os mesmos finalizem deus títulos enquanto os mesmos estiverem em alta.
    São vários os exemplos que poderiam ser usados de títulos que começam muito bem e se perdem no caminho.
    No caso do Urasawa em específico eu acho que prolongou muito mesmo, o título poderia ter acabado com uma história bem mais curta, são tantos momentos em que pensamos “agora vai” mas que não vai, como você exemplificou com a ejaculação, rs.
    Isto vai soar clichê, mas Bakuman é um ótimo título que ajuda a entender o sistema editorial de mangas no Japão, e como eles fazem com que os autores fiquem escrevendo pelo máximo de tempo possível.

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  3. Acho que o lance do final bosta é um problema dos mangás em geral.
    Muito difícil autores manterem a qualidade com o ritmo de produção extenuante do mercado editorial japonês. A maioria dos mangás que tenho/li perdem consideravelmente o pique da metade pro fim, e geralmente tem finais mixurucas. Uma pena.

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  4. Um dos grandes problemas das histórias do Urasawa é que em quase todo volume ele introduz um personagem, que nem vai ser tão importante assim, que ocupa metade do encadernado, pra só nos últimos capítulos fazer esse infeliz se conectar com a trama principal, e geralmente pra ficar de muleta de um personagem mais importante. (Como as crianças que encontram o Otcho machucado, já na reta final de 20th Century Boys, por exemplo).

    Além disso, ele cria vilões e mistérios incríveis, mas ele parece não conseguir carregar o peso dos próprios personagens e da trama, e acaba escorregando pela segunda metade de suas obras.

    Sou fã de Monster, e aprendi a gostar mais da obra depois de uma releitura, mas os problemas mencionados estão lá. 20th Century Boys possui os mesmo problemas, porém potencializados, levando a uma frustração maior e à confusão da resolução da trama.

    Não li Billy Bat pra opinar, e tenho uma boa lembrança de Pluto (exceto pelo final meio meh), mas mereceria uma releitura pra dizer se foge à regra das críticas.

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  5. Não li todo o post por causa dos spoilers. Não posso falar de Monster nem de 21st Century Boys, pois nunca li essas obras (ainda), mas terminei a minha leitura de 20th Century Boys e posso afirmar que é um dos melhores mangás que já li.
    O autor soube equilibrar mistério, ação e humor na medida certa. A história de 20th é muito diferente, não consegui formular nenhuma teoria sobre quem era o Amigo – até duvidei se ele era realmente um ser humano. Sem contar que ele tem a maestria de prender o leitor a querer acompanhar a história.
    Sobre a quantidade de volumes, um mangá que faz sucesso é esticado até o infinito. Isso faz parte do modelo editorial do Japão. O Naoki soube administrar bem isso, não acho que ele enrolou o mangá ou se enrolou no meio do caminho, quase tudo que ele apresentou está dentro do contexto da história.

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  6. Achei engraçado você comparar com Inuyasha, pois foi exatamente isso que pensei enquanto via o anime de Monster. Várias vezes o herói chega perto de pegar o vilão, mas ele foge de última hora, e recomeça a perseguição :P

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  7. Mara, eu não sei o que é sexo, portanto sou burro e não entendo da vida, nem de mangas. Me ajuda. Huehuehue

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  8. Não li nenhuma das obras, mas entendo da sua dor quando uma obra com premissa empolgante se torna uma grande decepção. Sinto isso com Shingeki no Kyojin, o tão aclamado Attack on Titan que fez otakinhos revoltarem com o título Ataque dos Titãs pela Panini por motivos de frescura.
    Uma trama que começa fazendo o leitor se questionar o motivo das muralhas e o que pode ter do outro lado além de gigantes deformados (ou a incapacidade do Isayama em desenhar melhor). É levantado um grande mistério acerca do porão da casa do protagonista Eren, que supostamente deve ter toda a explicação para o que caralhos está acontecendo, até que ~ALERTA DE SPOILER~ os colegas do protagonista se revelam titãs e de repente TODO MUNDO é um tipo de titã e quê???? ~FIM DO SPOILER~
    O mistério se perdeu e agora ficamos em uma grande enrolação. Nada de novo acontece e acabamos esperando um novo capítulo apenas para conferir os óbitos da vez, já que Shingeki se sustenta com suas infinitas baixas de personagens, seja na figuração, seja no elenco principal.

    Pontas soltas que nunca se emendam e um título longo apenas para vender mais. Imagino se o autor se decepciona com o resultado final, tanto quanto o leitor :/

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  9. concordo totalmente, apesar de serem bons mangás, 20th e monsters são enrolados pra caralho

    considero pluto um mangá muito superior a esses dois

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  10. Normal, problema de serialização longa.
    Ele sempre publica duas séries simultâneas, tem que dividir a atenção entre elas, e por serem séries populares todas acabam sendo esticadas. É fácil reconhecer que todas as histórias dele, exceto talvez Pluto, seriam bem melhores se fossem mais curtas.

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  11. Mara, me ensina a fazer crítica sem dar spoiler de tudo e daí expôr o problema!
    Enfim, triste que tu dropou o 21th Century Boys, mas eu bem que desconfiava dos títulos quando via, perdido pela net, comentário de fãs dizendo que a história “desandava”.
    Talvez fosse mais saudável pro Naoki ir pro mundo dos Doujins e ficar lá, mas é aquele negócio: se ele fizer isso, só japa vai ler ele.

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  12. @ Nat: Compartilho tua dor sobre Shingeki. Eu tava lendo emprestado de uma amiga, ela parou de comprar e até onde li (volume 12) não senti um pingo de vontade de continuar a leitura.

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  13. não confio muito na sua opinião crítica, você disse em 2012 que gin no saji ia ser um fracasso. e o mangá Tornou-se o título da Shogakukan que mais rápido alcançou um milhão de cópias impressas vendidas.

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  14. Um cara que vejo o pessoal pagando pau é o Junji Ito.

    Uzumaki parece uma compilação de one-shot pq de linear aquela história não tem nada.

    Chamam o cara de rei dos one-shot pq é só isso que ele sabe fazer.

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  15. Eu gosto do blog, mas preciso discordar. Não posso falar de 20th Century Boys, mas li e assisti Monster e acredito que você não foi capaz de entender realmente a mensagem da história. Monster foi um mangá que soube colocar os eventos no tempo certo, não saiu jogando os acontecimentos terminando a história muito cedo (como Death Note) e nem ficou enrolando igual você diz que ficou. Confesso que as vezes me irritava quando Tenma “desaparecia” e a história se focava em um personagem novo, mas depois o leitor descobre que aquele personagem era fundamental pra o desenvolvimento da história e que tudo estava interligado. Não conseguia prever nada e creio que esse imprevisível é que fez Urasawa ganhar tantos fãs. O final foi ÓTIMO! Não consigo imaginar um desfecho melhor para Monster. Não foi clichê, não foi triste. Foi misterioso e sombrio assim como toda a obra. Acho que o título deveria ser “Urasawa não é pra mim” ou “Motivos pelo qual não gosto de Urasawa”, agora afirmar que ele não merece a fama que tem? Me diga um mangaká que escreva suspense melhor do que ele, porquê em anos nesse mundo não consegui encontrar nenhum.

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  16. Não achei Monster tão enrolado assim, não sei, talvez se eu revisitar a obra eu mude de opinião. Quanto a 20th Century Boys eu assino em baixo, até o primeiro time skip eu não conseguia desgrudar do mangá de tanto que a história me prendia, mas do meu pro fim cai muito em qualidade.

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  17. Entenda que um autor gênio é aquele que NÃO atende as expectativas de mentes medianas como a sua. O roteiro de um gênio jamais cai no comum, começo, meio e fim normais. Não é enrolação, é genialização e pessoas normais acham que não foi do jeito delas, se fosse, seria vc e não o autor que é fodão…estaria tristemente escrevendo esse blog porco e não sendo considerado gênio… aceita que é melhor, minha querida…só porque vc não entendeu nada não significa que é ruim. E deixa de ser hipócrita, vc não compra nenhum mangá, tenho certeza que lê scan…porque senão fotografava sua coleção pra mostrar aqui.

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  18. Monster é impecável do início ao fim,e o final foi bem feito, diga alguém melhor que ele em suspense….
    Você não foi bem nessa.

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  19. Podem dizer o que for, eu coloco esse cara como um Deus rsrsrs
    Todas as histórias dele tem uma capacidade impressionante de te prender, a forma de narrativa nunca antes vista(por mim), arrisco a dizer que 20th Century Boys foi o melhor mangá que já li ao lado de Vinland Saga e outros mais. Se você não gosta de entrar dentro do mangá, os mangás do autor não vão te agradar, são várias histórias dentro de histórias, se quiser algo mais superficial e fácil de entender não aconselho Naoki Urasawa.

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  20. Mara, definitivamente eu diria que você foi muito infeliz nesta matéria mas daí a dizer que ele não é um bom autor é forçado, e sinceramente eu não acredito que li isso, faço minhas as palavras da Ana Tércia o título deveria ser “Urasawa não é pra mim” ou “Motivos pelo qual não gosto de Urasawa”, entendo é a sua opinião e a respeito, é equivalente a minha quando digo que QUASE não existem bons mangás e animes sendo criados nessa safra nova.Continuando.
    Se o Urasawa não é um bom autor, me recomende bons autores então, porque fora ele, Hiromu Arakawa(FMA) e Kentaro Miura(Berserk) não encontrei ninguém tão bom quanto eles , nem Eiichiro Oda que é chamado de gênio até mesmo entre os mangakás(e isso porque gosto pacas de One Piece), nem Tsuyumi Ohba (fez um excelente início no Death Note, fud*u o final, fez um trabalho bom no Bakuman devido a premissa da história, mas forçou a barra com alguns personagens e Platinum End envolve 3/4 capítulos e daí pra frente é uma b*sta)(Takeshi Obata pelo contrário acho o melhor desenhista do mundo e seu traço só continua melhorando sendo o único motivo pelo qual eu ainda OLHO Platinum End), nem Hideaki Anno(cria ótima atmosfera mas assume que você sabe o que se passa na cabeça dele com todos aqueles termos, isso porque nem citei o Shinji Ikari), mas não acho nenhum deles maus autores pelo contrário são acima da média e só penso que cometeram deslizes como qualquer autor comete e ainda há um outro ponto cada história é feita pra atingir um determinado público, e isso é ainda mais “restritivo” quando se trata de Seinens, não é todo mundo que vai entender o ponto de vista do autor.
    O Urasawa é f*da, muitos não sabem mas o cara ainda é vocalista e guitarrista de uma banda, é/foi apresentador de televisão, é formado em economia e se não me engano(não tenho certeza absoluta agora) é/foi professor de universidade e trabalha com filmes(não sei exatamente se como diretor), quer dizer o cara é quase um Bruce Dickinson ou uma Sasha Grey de tanta “profissão” que tem.
    Agora quanto as historias se for pra dizer que um autor tem pontos parecidos em histórias diferentes então não existem bons autores, isso é característico de muitos mas muitos autores. E dizer que joga um personagem ali num capítulo faz ele sumir pra ser importante de novo lá na frente como citaram nos comentários, isso é a vida, quantas pessoas você cruzou na rua uma vez e algum tempo depois você conheceu ou se aproximou, e outra isso é um recurso muito usado nos mangás, e sinceramente são poucos autores que conseguem criar personagens tão bem como Urasawa, vou citar aqui por exemplo a menina e o soldado que ensinou o Tenma a atirar lá em Monster, ele aparece se não me engano em um episódio não tem como dizer que foi mal construido, é igual a Nina e o Shou Tucker do FMA, poucos episódios e beem sabemos o final que isso teve :'(
    Não to falando levianamente, dá trabalho pra caramba criar uma história bem feita, eu mesmo tentei (ta aí o link pra quem quiser ler: http://kureijitori.blogspot.com.br/p/psycho.html chama-se Psycho!) a cada capítulo eu coloquei algo novo que tinha aprendido na época por isso eu sei que ela melhora a cada capítulo e pode melhorar mais, se um dia eu criar historias ou melhorar está num nível de 30% das que o Urasawa faz, nossa tranquilo tranquilo seria serializado em qualquer revista no Japão :D
    Por fim, aguardo respostas, vamos debater mais sobre isso?

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  21. Cara, vc falou, falou, e discorreu muito pouco ou quase nada acerca de aspectos que realmente fazem uma obra, como estrutura narrativa, desenvolvimento de personagem, conceito, mensagem, e tal. Sei lá, ficou parecendo meio juvenil, na real. Acredito que, como já disseram, algo mais denso assim não seja pra vc. Pode vir a ser um dia, claro, mas não no momento.

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  22. Infelizmente me parece que você não entendeu direito o final de Monster para dizer que ele foi fraco. Recomendo o vídeo do meu amigo esfelectra, cujo título é ‘Explaining the Ending of Monster’, que você pode encontrar no YouTube.
    Quanto ao ritmo do 20th Century Boys, aí vai de cada um, enquanto que para você a história ficou arrastada, para muitos o desenrolar foi fenomenal. Na verdade, me arrisco a dizer que a ideia por detrás da ‘cópia da cópia’ foi a segunda melhor de Urasawa. Eu até poderia fazer um vídeo explicando, ou escrever tudo até mesmo aqui neste comentário, mas temo que a preguiça fala mais alto. Mas basta um pouco de reflexão e análise histórica para ver que de fato quase tudo ao nosso redor é a cópia da cópia, ou a cópia da cópia da cópia, se tornando um verdadeiro inception, dependendo de até onde você refletir. Sua análise foi extremamente infeliz, mas nunca é tarde para voltar atrás e reconhecer seus erros.

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  23. Sua opinião pode ser toda resumida em dois pontos principais: “a história é arrastada” e “time skip”. Se for assim, um monte de animes e mangás tem que ir pra lata do lixo: Dragon Ball, Naruto, One Piece, só pra citar alguns. Além de falar que Osamu Tezuka não é o Deus do Mangá.

    Me parece que você escolheu uma opinião impopular pelo mero prazer de discordar. Não há base no que você escreveu, nem definiu o que faz de Naoki Urasawa “não tão bom assim”.

    Eu poderia entender você não gostar do Urasawa. Mas dizer que a afirmação “Osamu Tezuka é o Deus do Mangá” é uma verdade repetida de papagaio só demonstra o quão pouco você entende de mangá e anime, afinal.

    Não tem como gostar de Urasawa sem gostar também do Tezuka, isso eu garanto. A obra do Urasawa é repleta de nuances que o Tezuka tinha em várias de suas obras.

    Porém. Existem, sim, coisas irritantes na obra do Urasawa. Isso não torna a obra ruim. Eu DETESTO Tolkien com todas as forças e isso não me faz dizer que “Tolkien não é um autor tão bom assim”.

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  24. Olá, primeiramente parabéns pelo blog!
    O que vou falar aqui se aplica a Monster, que foi a obra que tive o prazer de ler e assistir, não vi ainda 20th Century Boys, que dizem ser tão bom quanto.
    Bem, tenho que discordar. Basicamente foi um textão um tanto profundo pra tentar sustentar um argumento ironicamente raso: o de que as obras do Urasawa contornam demais para concluir o desfecho.
    O principal problema da sua constatação é que você sutilmente implica que os diversos personagens inseridos nas obras do Urasawa interferem na história de tal maneira a atrasá-la mas ao mesmo tempo sem ter relevância nenhuma na mesma, como se eles fossem NPCs, o que com certeza não é verdade. Existem várias cenas por exemplo, do detetive Suk em vários locais investigando e palpando aos poucos as informações sobre o mistério e nesses locais ele encontra personagens que aparentemente são empecilhos mas que se tornam impactantes no fim da trama.
    Enfim, não li sua crítica sobre 20th Century Boys para não levar os spoilers, mas por mais falacioso que seja, se ela for igual a essa de Monster, então sequer vale a pena lê-la.
    Abraço!

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