Desabafo

Post sério sobre os acontecimentos dos últimos dias

Oi, pessoal. É hora de uma publicação um pouco séria aqui no Mais de Oito Mil. Acredito que todos nós estamos chocados com o estupro coletivo sofrido por uma adolescente lá no Rio de Janeiro, e também acredito que todo mundo já viu trocentos textos sobre o assunto. Além de se chocar com o ocorrido, devemos sim discutir sobre a cultura do estupro que envolve desde essa coisa machista de sexualização de moças mais jovens (chamadas de “novinhas”) até mesmo humoristas que acham ~graça~ dizendo que um rapaz que transa com uma mulher bêbada é um gênio.

E sim, esse assunto tem muito a ver com os animes e mangás porque há muita cultura de estupro nas séries. MUITA. Objetificação feminina então… nossa… dá nem pra contar numa lista de Top 50. Há alguns meses publiquei essa matéria sobre a objetificação da Elizabeth em Nanatsu no Taizai (The Seven Deadly Sins) e fui muito criticada por leitores acéfalos que diziam que eu estava dizendo que os animes deveriam ser censurados, ou mesmo quem dizia que é apenas um desenho, as pessoas não imitariam.

Será mesmo? Será que o Meliodas passando a mão na Elizabeth e isso sendo tratado como piada pelo autor não torna essa situação algo cômico, em vez de algo trágico? Quantas cosplayers não foram vítimas de assédio em eventos de anime por homens que não sabem respeitar o limite do corpo da mulher? Recentemente um ~humorista~ do Pânico na Band lambeu uma cosplayer na CCXP porque achou que seria algo engraçado. Provavelmente, tão engraçado quanto o Meliodas apalpando a Elizabeth.

Eu tenho apenas um pedido para fazer a você leitor do Mais de Oito Mil: clique aqui e leia novamente a matéria problematizando Nanatsu no Taizai. Depois leia os comentários. Tente refletir se a forma como você pensa não é opressiva às mulheres. Pense um pouco se isso é algo ~engraçado~. Não espero que você chegue nos comentários e diga “nossa, eu não tinha pensado nisso, acho que você está certa”, só quero que você reflita. Não quero que você leitor seja uma pessoa impecável sempre (ninguém é, outro dia mesmo eu fiz uma piada muito infeliz no Twitter e depois pedi desculpas por ela), só quero que pense.

Não acho que seja necessário eu pedir desculpa a você leitor por ter uma matéria séria aqui no site, mas acontece que tem momentos em que não há clima algum para fazer graça.

51 comentários em “Post sério sobre os acontecimentos dos últimos dias

  1. Ih, Mara sua linda, vc precisa saber o outro lado da história da jovem que supostamente foi estuprada.

    Abomino o estupro, abomino todo este tipo de cultura do estupro nos animes e nos mangás. Já que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Exigimos justiça!

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  2. O outro lado da historia é que uma garota inconsciente foi dominada por 30 homens, e se essa imagem não te assusta, eu não sei oq pensar

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  3. E por algum acaso saber do outro lado da historia muda o que aconteceu? Acho que não

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  4. Ontem, uma moça tentou levantar uma discussão sobre cultura do abuso (foi o termo que ela usou) no grupo do Genkidama. E sabe? É enlouquecedoramente entristecedor teu primeiro pensamento ser “isso não vai dar certo”. “Não existe cultura do estupro”, “eu não sou assim”, “a menina tava pedindo”, “o grupo não é para isso”, e por aí vai. É meio cansativo você precisar se armar até os dentes para estar nesse meio, ter que ficar pisando em ovos quando vai apontar coisas problemáticas. É meio cansativo precisar vigiar as costas o tempo inteiro.

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  5. Obrigado por isso, Mara, de verdade.
    Já não basta a gente ver o chorume da vida real (tipo o delegado desse caso, que está se portando de forma absurdamente imprópria e machista), ainda temos que aguentar isso nas mídias que consumimos e ver gente (sempre homem cishet) defendendo como se fosse inofensivo.
    Tá foda.

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  6. Esses dias minha amiga quase foi estuprada. Ela mora perto do serviço e vai pra casa andando. No caminho tem uns terrenos abandonados e cheios de mato. Pois bem. Minha amiga tem um corpo bonito e gosta de usar shorts curtos e os caras sempre ficam cantando ela. Até aí, tranquilo (?). Um certo dia, essa minha amiga estava voltando pra casa e um cara começou a puxar assunto com ela, mas sem retorno (ela não é de parar pra conversar com quem ela não conhece). O cara ficou perguntando pra ela se ele tinha chance e tal e vendo que ela não dava atenção começou a insistir dizendo que pagaria 50 reais pra ‘comer’ ela no terreno do lado. Ela ficou assustado e começou a andar mais rápido e nisso o cara acelerou a moto, passou a mão na bunda dela e foi embora. Minha amiga chegou em casa chocada. Como um cara chega e passa a mão nela? E o cara foi embora rindo.
    Outro dia, minha amiga voltando pra casa pelo mesmo caminho viu esse cara saindo do terreno baldio com mais três homens e foram em direção a ela com facas nas mãos. Eles pediram pra ela entrar no terreno baldio com eles e disseram que dependendo de como fosse, ela até poderia ser paga. Foi muita sorte o primo dela estar passando de carro naquele lugar. Eles foram embora de carro e agora ela não volta pra casa andando mais.
    E quando a gente conta essas coisas pra outras pessoas, a solução é muito fácil: ‘Ela não pode ficar usando short, isso é pedir pra acontecer alguma coisa’. O que aconteceu pras pessoas acharem normal isso? Isso não é normal.
    Hoje em dia tá complicado, viu.

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  7. Flávia, eu sei como você pensa, concordo com vc nestes aspectos que você mencionou, é abominável este tipo de ato. É que se vc pesquisar mais a fundo no que está rolando no perfil da garota, vc iria separar as coisas ao deparar com situações que, tem áudios gravados, conversas, prints alegando, supostamente, SE houve um estupro.

    Abomino estupro com penalidade máxima, abomino imagens da menor de idade exposta na internet, e ainda abomino que a garota que se levou a fazer isso tenha chegado a este ponto, no casos dos pais ou responsáveis. E ainda mais que ela tem um filho de 3 anos.

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  8. O que aconteceu com a adolescente do Rio é uma prova que os dogmas machistas ainda persistem em nossa sociedade e não é apenas “culpa” das mídias.

    Essa restruturação depende de mais variáveis sociais e do caráter do indivíduo. Pessoas instruídas sabem do limite ético e moral na sociedade e não saem por aí estrupando por causa de Nanatsu ou matando pessoas em cinemas no Morumbi por causa de DOOM. O buraco é mais embaixo.

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  9. Tem tanto comentário absurdo sobre isso por aí que dá vontade de viver em uma caverna

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  10. Sendo bem sincero agora… Eu tenho vergonha de ter nascido homem.
    E eu peço clemência para todos que agora leem.
    Peço clemência para o amanhã na esperança de ser engolido moralmente pelo chão que piso.
    Quantas vezes não ri de piada machista?
    Eu tenho vergonha.

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  11. Não acho que fazer um texto pra refletir vai realmente mudar alguma coisa (desculpa é a realidade), o motivo de isso tá acontecendo com frequência e por que os estupradores não tem punição realmente graves pelos seus atos, e isso faz com que tenha um certo clima de impunidade, temos que lutar para que as pessoas tenha consciência de que as leis do Brasil não pune os verdadeiros criminosos, dizer q

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  12. Sinceramente, se acha que os mangás causam crimes deveria largar deles definitivamente e organizar protestos contra sua presença em bancas livrarias e
    streaming. Só para constar não sou fã dos pecados capitais mas não teria moral
    para defender sua proibição quando cresci assistindo a “estupradores” como Mestre
    Kame e assediadores como Brock e Ryoko. Com certeza se a saga Dragon Ball tivesse
    sido proibida aqui desde o início , quem sabe esses crimes não diminuiriam magicamente, talvez se esse país não seguisse o exemplo de “democracias” como
    Cuba, Venezuela e a “saudosa ” União Soviética tais atrocidades não seriam extintas…

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  13. Obrigada pelo post, Mara! Estive lendo alguns comentários desse tópico e fiquei horrorizada com a “opinião” de alguns. Pois bem. Ainda ontem, estive assistindo a um vídeo espetacular (deixarei o link ao final deste comentário), que basicamente dizia a doutrinação do pensamento machista desde a idade mais tenra. Nossas crianças crescem com exemplos absolutamente abjetos na TV – ou, melhor dizendo, a falta de exemplos representativos -, por exemplo. E junto a uma educação de merda vinda de uma família também machista, criamos, olha só!, mais um ser humano preconceituoso. Ser humano este que culpabiliza a mulher por ter sido abusada, ser humano este que apedreja a comunidade LGBT+, ser humano este que viverá na mais completa ignorância. É isso que estamos criando. Monstros.

    O entretenimento tem função de educar, sim. Não plenamente, claro. Isso é responsabilidade da família. Mas quantas crianças já não crescerem vendo filmes cujo protagonista é sempre o homem que vai salvar a “donzela em perigo”, desenhos em que a mulher é mera coadjuvante e os homossexuais simplesmente não existem, histórias que ensinam a mulher a ser “bela, recatada e do lar”? Praticamente todos nós, não é mesmo? Alguns estão mudando sua mentalidade agora, e mesmo assim percorrendo o caminho com passos trôpegos. Eu, por exemplo, sou feminista. Mas cresci numa família que dizia que “mocinha não pode andar a essa hora, não pode andar com roupa curta, não pode isso, não pode aquilo…” e demorei muito para questionar essas normas. Por quê? Porque crescemos com exemplos errados. Exemplos que não nos representam.

    O caso de Nanatsu no Taizai é mais um. Então pensamos que este é um anime mainstream, e por que foi parar em tão alto nível? Como você mesma disse anteriormente, Mara, Nanatsu nutre diversas condutas machistas. E agora vamos analisar mais profundamente: o Japão é um país extremamente machista. Extremamente. E por quê? Porque eles cresceram com todos esses animes sórdidos que não propões nenhum novo ponto de vista às crianças. É sempre o homem o protagonista. É sempre a mulher a coadjuvante (ou, se não é, ela normalmente transforma-se num objeto ou torna-se absolutamente inútil para a trama). É sempre um romance entre um homem e uma mulher. É sempre a distinção entre “shounen” e “shoujo” (lê-se: para meninos e para meninas).

    Mais uma vez, parabéns por postar um assunto de suma importância, Mara. Vejamos se alguns “otaquinhos” de plantão não abrem a cabeça (creio que seja bem difícil, mas vamos lá).

    Ah, e eis aqui o vídeo que prometi desde o início do comentário:

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  14. “O Japão é um país extremamente machista. Extremamente. E por quê? Porque eles cresceram com todos esses animes sórdidos que não propões nenhum novo ponto de vista às crianças. É sempre o homem o protagonista. É sempre a mulher a coadjuvante.”

    Sim. E, infelizmente, os animes que fogem a regra não são sequer reconhecidos. Há animes bons, que são capazes de educar, passar uma mensagem importante. Vide “Arjuna, a Deusa do Tempo”, por exemplo. Um ótimo anime. Porém, ninguém está nem aí para ele, preferem assistir essas porcarias aí, que nem ao menos servem para entreter.

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  15. @yesmywaifu ” o Japão é um país extremamente machista. Extremamente. E por quê? Porque eles cresceram com todos esses animes sórdidos que não propões nenhum novo ponto de vista às crianças.” Acho que isso acontece também por vários outros fatores, não somente uma influência negativa da cultura pop japonesa(? Não sei se é esse o termo) talvez falar isso seja polarizar muito o problema. Acho que o machismo japonês vem como uma bola de neve, têm mais coisas além disso que é uma parte do todo. Só tô comentando isso pra não ter aquele discurso de que “isso ou aquilo” única e exclusivamente é o mal do século (tipo, sei lá, os videogames são a razão da violência dos jovens, etc.), mas também concordo com você, isso também acontece. Também não tô dizendo que isso é uma parte menor do problema do machismo, mas que é uma parte igualmente preocupante de um todo.

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  16. essa historia ta muito mal contada,ja tem fotos e audia da garota louvando o cv e dizendo coisas como ”estou cheia de tesao quero dar pra tdo mundo”

    olha estrupo é um crime cruel que nem bandido perdoa. as nesse caso ta muito estranho.

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  17. Dona Mara.

    Eu gostaria que a Sra explicasse a expressão Cultura do Estupro. Porque que eu saiba na nossa sociedade felizmente não existe ninguém que incentiva um homem estuprar uma mulher. Começa errado por aí.

    Pelo menos não vi ninguém dizendo que aprova o estupro, somente que a menina que estava envolvida com pessoas que não prestavam teve em seu destino ser vítima de tal ato. Não tem aquele ditado “quem procura acha”, então…

    Não que esteja dizendo que ela tenha merecido, longe de mim deseja pra alguém tal humilhação e violência. Só que o que se nota por aí e que ela andava com gente que não valia nada.

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  18. Aproveitando vou deixar aqui um trecho de um artigo interessante:

    Ao contrário dos panfletos que se proliferaram no facebook pedindo o “fim da cultura do estupro”, o Brasil não tem essa cultura. Grande parte da Índia, da África e do Oriente Médio tem. O Brasil não. Aqui, estupro é visto por todos como crime. Estupros ocorrem, mas são feitos nas sombras, por indivíduos deslocados, psicopatas. Nenhum estuprador se vangloria publicamente de seus feitos. O que ocorreu no Rio de Janeiro foi uma farra, mais uma típica farra brasileira na qual os personagens não têm noção da gravidade de seus atos, acham graça, sentem orgulho.

    O caso: Uma menina de 16 anos de idade se relacionava com um dos estupradores desde os 13 anos. Consumia drogas. Foi até a casa do sujeito por livre e espontânea vontade. Lá, foi dopada e abusada por mais de 30 homens com idade média de 20 anos. Logo em seguida, alguns deles publicaram em seus próprios perfis no facebook o vídeo do crime. Fizeram piada. “Amassaram a mina, intendeu ou não intendeu? Kkk”, foi o título da publicação, destacando-se também pelo erro de português que demonstra o nível de instrução do criminoso – o mais perfeito retrato da sociedade que existe debaixo do tapete mágico do PT.

    Três semanas atrás, um bandido de 18 anos de idade também utilizou o facebook para fazer piada sobre a adolescente que ele havia matado na Linha Amarela, no Rio de Janeiro. Bastam duas ou três perguntas ao google para termos diante de nós uma longa lista de casos de jovens de periferia que manifestam o quanto se divertem com os crimes que cometem. Quem quiser se aprofundar, pesquise nos sites pornográficos os vídeos que adolescentes publicam com eles mesmos transando em escolas públicas. Quem não quiser ir tão longe, volte ao google e veja a lista dos casos de agressões à professores, de brigas e até assassinatos entre os próprios alunos; e também as orgias nos bailes funks e as adolescentes grávidas que em muitos casos sequer sabem quem são os pais de seus filhos.

    Qual a origem disso?

    Um governo que optou por uma educação que não cobra responsabilidade dos alunos, que não cobra que os jovens respeitem seus pais, seus professores, seus colegas, o espaço onde estudam e a cidade onde vivem. Uma educação que prega a liberdade sexual para crianças de 10 anos de idade. Uma educação sem formalidades, que ao mesmo tempo em que rejeita o aprendizado de matemática, de línguas e de ciências, permite que as festas das escolas sejam embaladas a funk proibidão, aquele que exalta o sexo e o crime. Uma educação que menospreza a alta cultura valorizada pelas classes mais altas e supervaloriza a “sub-cultura” dos guetos, como já descreveu o psiquiatra Theodore Dalrymple. Uma educação que diz que o jovem pobre e negrotem o direito de fazer ele mesmo as “reparações históricas” que julga necessárias – arrastões, pequenos furtos etc.

    A educação brasileira sempre foi uma tragédia, mas nunca antes na história do Brasil a delinquência foi tão estimulada.

    Quem não se lembra de que ao final do governo FHC a extrema-esquerda brasileira condenou o PSDB por não ter resolvido todos os problemas do Brasil em 8 anos? Eu me lembro.

    Quem não se lembra de que a própria esquerda sempre fez questão de dizer que educação pública molda as relações sociais? Eu me lembro. Por tanto, nada mais justo do que avaliar os 13 anos de governo petista sob essa ótica.

    http://www.puggina.org/artigo/outrosAutores/o-estupro-coletivo-e-os-avancos-sociais-do-pt/7914

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  19. Ah eu nem perco mais tempo.

    As pessoas nunca vão perceber o problema de os primeiros comentários começarem com “mas”, o que é justamente a definição de justificar.

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  20. Óbvio que se não fosse o ecchi nos animes aqueles 33 caras jamais teriam estuprado a garota. Tudo culpa desses desenhos satânicos do olho grande!

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  21. @Tsuss, em momento algum disse que “os animes eram os responsáveis por toda a cultura de estupro que acontece em nosso país e pelo machismo incutido na sociedade japonesa”. De modo algum. (se fosse assim, e as crianças que cresceram sem a oportunidade de ter uma TV ou qualquer outro aparelho eletrônico que seja, por exemplo?) Mas perceba que os desenhos (e outros programas de livre acesso para crianças) influenciam, sim. Mas, como disse no próprio comentário anterior, em parte. Em parte porque existem as questões culturais, estruturais e outros fatores envolvidos.

    E fazendo um adendo (mas não mais como resposta a você, @Tsuss): ainda se preserva a cultura do estupro no Brasil, sim. Não é algo tão frequente quanto na Índia e na República Democrática do Congo, por exemplo. Mas vejam os dados: a cada 11 minutos um estupro acontece no Brasil. No final das contas, o que é estupro? É toda e qualquer ação sexual feita sem o consentimento de outro (a vítima). Portanto, não é a penetração; estupro também é o beijo à força, aquela “sarração” no metrô… É tudo isso. E no Brasil, muitos não sabem o que é estupro, e por isso o relativizam tanto. “Ah, mas ela me traiu… Mereceu!”, “Ah, ela estava dormindo…”, “Ela estava usando roupa curta…” são algumas das frases usadas para “justificar” uma atitude que não foi permitida pelo outro. Pode-se até perceber também em inúmeras músicas populares trechos que tratam a mulher como um “mero pedaço de carne”. Essa violência já está tão enraizada em nossa sociedade que acho “um pouco” difícil provar o contrário.

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  22. Sempre quando vem esse assunto, me lembro desta figura tão esclarecedora: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/56/e7/30/56e730fd999fec86a7ea0e07e7e20b8d.jpg

    Agora, só um detalhe: se um homem faz sexo consensual com a mulher e depois ela vai o denunciar por ter sofrido estupro, É ESTUPRO SIM!
    É o que torna tudo difícil de ser compreendido e interpretado. De repente acontece de a mina ter topado uma orgia e aí o efeito da cocaína passou, ou ela começou a sentir dor, pediu para parar e resolveram deixar isso para lá, ou mais amigos chegaram na festinha que era só para cinco ou seis e o anfitrião ficou constrangido em não deixá-los entrar. É ESTUPRO SIM!
    Tolos são os homens que acham que eles que podem decidir o que é estupro e o que não é. Exceto os que já foram estuprados, talvez… mas isso é opinião de ninguém…

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  23. Só queria deixar uma informação para aqueles que estão duvidando da vítima por causa do seu “histórico” devido à perfis em redes sociais e áudios. Se ela tiver desistido no segundo antes do ato, já considera-se estupro, entende? Estupro é sexo não consensual, independente do momento em que ela decidiu que não queria. A decisão do outro deve ser respeitada.

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  24. Agente precisa primeiro ver certinho o que vai rolar desse caso que ta cheio de reviravoltas. Quando se tem apenas uma versão é fácil, como foi o caso do rapaz no RS que ficou 3 anos presos pra depois a menina dizer que havia mentido e não passava de uma vingança pelo rapaz não ter ficado com ela.

    Quanto ao meio otaku, vide o volume 6 da novel de No Game No Life que eu achei um absurdo como o autor inseriu a personagem que aparenta ter treze anos querendo fazer sexo.

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  25. Esse site nunca foi engraçado, mas aproveitar um crime real para promover a censura a um desenho é muita baixaria.Parem de usar esses ardis e defendam
    a queima de mangás e a regulação da mídia de uma vez !

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  26. Laudo de vítima de estupro coletivo não aponta violência,

    Hahaha, se foderam, julgaram sem provas.

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  27. E quem disse que precisa de provas? O que vale é a mina falar que foi estuprada e pronto, é estupro. Se o cara tinha piroca de maria mole aí é sorte da menina.

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  28. Caso o APO ainda esteja aí:

    Cultura do Estupro é uma série de justificativas convenientes para justificar ou mesmo atenuar a culpa do estuprador.

    “Ela tava de vestido curto…”
    “Ela se relacionava com bandidos…”
    “Ela tava bêbada…”
    “Ela já tinha feito orgia antes…”
    “Ele/ela era gay, então tava querendo/precisando de um macho…”
    “Ela era prostituta…”
    “Ela tava no baile funk…”

    Isto é cultura do estupro.

    E de mais à mais: mulheres também estupram (elas tem mãos e dedos, sabem?), impotentes também estupram (o mesmo de anterior), mulheres são estupradas por parceiros (nem sempre tudo é consentido), por familiares, dentro de casa, fora de casa, seja com 80 ou 8 anos.

    Enquanto houver pessoas querendo “atenuar” a culpa dos estupradores de alguma forma, dizendo que a vítima provocou aquilo, haverá sempre a Cultura do estupro

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  29. Digo e repito:usar um crime real para ajudar suas causas políticas é baixo demais.
    Mas vamos fingir que proibir Dragon Ball ou qualquer coisa vai trazer consolo
    as vítimas…

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  30. Marinha, te dou um desconto por que a postagem é séria e esse assunto não pode ser tratado sem as devidas precauções.

    Que é um fato lamentável, independente das circunstâncias, isso o é, e todos os responsáveis merecem ser punidos, inclusive a garota, se parte ela tiver nisso de alguma forma, pois isso é um completo atentado à dignidade humana se expor a uma situação dessa, caso ela tenha feito “por vontade”. Isso não diminui nem um pouco a responsabilidade dos moleques, que merecem as penas severas.

    Agora a reflexão sobre o quanto a sociedade é machista — ou não, a depender do viés ou do fenômeno que estamos a observar, já é querer usar de tal fato lamentável para poder promover bandeirinhas ideológicas que por mais que alardeiem boas intenções – das quais a casa de Dabura está cheia – também trazem mais problemas do que dizem resolver. O caso é um problema policial, e sim merece reflexão. Mas para por aí. “Cultura do estupro” é um termo estúpido e estapafúrdio criado por alguém que parece que nem sabe dizer o que é uma cultura de verdade.

    Também há abuso sexual de garotinhos meninos, mas falar isso é um tabu na nossa sociedade. E os homens estuprados nas prisões, que raramente alguém lembra? Só por ser mulher que uma pessoa é alvo preferencial? Eu podia aqui passar uma hora escrevendo só pra desmantelar esse conceito, mas vamos pular pra o que interessa.

    Existe objetificação da mulher, assim como existe a do homem nas produções para a mulherada. Não falo só dos saradões e afins. Falo de tudo. E esses romancezinhos água-com-açucar também não passam de pornografia feminina (que não precisa sequer haver o ato em si), pois só criam modelos inalcançáveis de beleza e comportamento (repito, mesmo não sendo tão orientado a libido, como os produtos dirigidos aos homens) e que não retratam a verdadeira natureza dos homens. O que eu defendo é justamente que acabem com essas duas variantes. E com toda e qualquer banalização da sexualidade, da violência, do crime ou qualquer outra dessas coisas.

    Não quero que tal acontecimento venha a fomentar qualquer tipo de ódio, precaução, legislação, comportamento ou whatever contra mim que sou homem, como aquelas idiotices (pra não dizer palavra mais pesada) de que “todo homem é potencial estuprador” e estatísticas tão alarmantes quanto improváveis. Ou ter que arcar legalmente e ser constrangido por acusações absurdas, desproporcionais, como por exemplo de estar cometendo um crime apenas por olhar uma pessoa que se expôs a um espaço público.

    Se há um problema com as mulheres sendo mais suscetíveis por desvantagem física (só para lembrar que há casos de mulheres adultas que abusam de crianças então acho que essa nem conta tanto), então que isso tenha que ser resolvido por mais homens e (por que não?) mais mulheres: Mais policiamento, punições mais severas, legislação que não crie entraves ou impasses na hora de lidar com esses casos. Isso tudo ao invés de loucamente enquadrar todo e qualquer homem em todo e qualquer caso, apenas na base do capricho de uma mulher (viu as estatísticas de falsas acusações das sacanas e arrependidas nos países ditos “mais feministas”? Como que um homem acusado de estuprador injustamente recupera sua honra, me diga?)

    E se a sociedade tem que fazer alguma coisa, é não perder as estribeiras morais, é não deixar de se impressionar, de nunca banalizar esse tipo de acontecimento, assim como vem banalizando cada vez a sexualidade desvairada e promíscua, como nessas letras de funk que surgem todo dia cada vez piores. E principalmente, cobrar que os responsáveis mereçam sua devida punição. Não mais, não menos.

    Um forte abraço,

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  31. Para o “MaisDeOitoMilComentários”

    Você disse que para resolver o problema é “é não perder as estribeiras morais” e que precisa “Mais policiamento, punições mais severas, legislação que não crie entraves ou impasses na hora de lidar com esses casos.”

    Na verdade, amigo, isto na melhor das hipóteses não ajuda em nada.

    Há países no Oriente Médio onde a punição para estupro é a castração. E, acreditem, homens impotentes e eunucos TAMBÉM estupram.

    Estupro não tem nada a ver com simples moralidade (os países escandinavos estão entre os mais amorais, com prostitutas se exibindo em vitrines de lojas e pagando imposto pelo seu trabalho, e as taxas de estupro lá são quase inexistentes) não tem nada a ver com desejo sexual puro e simples…

    Estupro é a dominação do mais fraco por um mais forte. É a validação do poder de posse de uma pessoa sobre a outra.

    Nos Estados Unidos existem MUITOS casos de mulheres que abusam sexualmente de seus jardineiros e faxineiros latinos só porque são as patroas – sem falar do American Way of Life que diz que chicanos são inferiores. Existe até hoje o mito das “obrigações matrimoniais” onde uma das partes TEM que fazer sexo com a outra porque são casados.

    Sim, há muito o que se falar sobre pedofilia, sobre estupro de homens… porque todos partem do mesmo pressupostos: a dominação de uma pessoa sobre a outra.

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  32. Continuando…

    O que é preciso, de fato, é mudarmos o cerne da nossa sociedade que AINDA dita que certas pessoas têm poder sobre as outras: seja socialmente, financeiramente ou mesmo MORALMENTE.

    A superioridade moral também é a razão de muitos estupros no mundo todo: ‘foi estuprada porque era uma vagabunda” – isto precisa mudar;

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  33. E ainda continuando…

    Sobre as falsas denúncias de abuso que tem ocorrido mundo à fora, pode apostar que as mentirosas (e os mentirosos) são punidos severamente nestes países. E ainda pode apostar que estas falsas denúncias ainda não são, nem de longe, tão comuns como as denuncias que nunca são feitas.

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  34. Primeiramente Jussara não pedi uma definição do termo, mas sim o uso errôneo do mesmo. Eu vejo na timeline a maioria esmagadora do pessoal condenar o tal ato, porém a dita menina criou meios de se facilitar o acontecido. O problema do termo é achar que um fato como esse chocante é dizer que é algo comum (o que realmente não é). Ninguém apoia estupro, todo mundo repudia. Vocês de esquerda falam como se nossa sociedade fizesse apologia a tal ato.

    Para maiores esclarecimentos leia o artigo que postei.

    A maneira como se desenrola o caso só mostra o quanto a menina tem uma certa culpa no acontecido. Isso não é atenuar a culpa do estuprador e sim ser realista e analisar a situação. Sem contar o passado dela complicado, a falta de apoio da família ela ter um filho de 3 ano… Dizer que ela não ter responsabilidade no fato é ser inocente demais. Você é um produto do meio que você se relaciona.

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  35. Sobre as falsas denúncias de abuso que tem ocorrido mundo à fora, pode apostar que as mentirosas (e os mentirosos) são punidos severamente nestes países. E ainda pode apostar que estas falsas denúncias ainda não são, nem de longe, tão comuns como as denuncias que nunca são feitas.

    Poderia provar?

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  36. Cultura do Estupro é uma série de justificativas convenientes para justificar ou mesmo atenuar a culpa do estuprador.

    “Ela tava de vestido curto…”
    “Ela se relacionava com bandidos…”
    “Ela tava bêbada…”
    “Ela já tinha feito orgia antes…”
    “Ele/ela era gay, então tava querendo/precisando de um macho…”
    “Ela era prostituta…”
    “Ela tava no baile funk…”

    Substituindo os termos dá pra criar a cultura do assalto, afim de atenuar a culpa do assaltante.

    Ele tava com cordão de ouro.
    Ele tava com iphone.
    Ele tava com carro do ano.

    Mas aí tem a velha história do pobre vítima da sociedade opressora.

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  37. Esse debate foi realmente bem longo. Enfim, belo post, Mara. Não importa o que a garota fez ou deixou de fazer, isso ainda é estupro e os culpados devem pagar pelo o que fizeram! Chega dessa impunidade, esses lixos fazem o que querem e nada acontece, chega a ser triste. Engraçado é ver pessoas ai em cima ainda fazendo piada ”Laudo de vítima de estupro coletivo não aponta violência”, ”Hahahaha. Julgaram sem provas”, essas pessoas realmente não tem mais o que fazer da vida, um bando de ignorantes.

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  38. Só digo que não gostei do Netflix pegar High School of the Dead que acho pessoalmente desagradável , porém não tenho o direito de exigir o banimento
    da série ou mesmo sair julgando quem assiste, na verdade acho bom que muitas
    pessoas consigam de divertir com isso sem afetar a moral. Isso se chama DEMOCRACIA, não aquela porcaria praticada em lugares como Cuba, e que muitos
    inteletuais e artistas brasileiros finjem que é bom.

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  39. Não é culpa da mulher. nunca é.

    não importa se ela gosta de fazer sexo, com qual roupa ela anda, como ela se comporta. se ela não quer, é abuso, é estupro.

    quando tem 30 caras em volta de uma garota desacordada, tocando suas partes intimas, é estupro. é abuso.

    a garota é a vítima.

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  40. Um Zé ninguém aí disse que se um homem fizer sexo consensual com uma mulher e depois ela denuncia-lo por estupro, então é estupro de fato? É isso mesmo ou eu que entendi errado?

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  41. A questão é a seguinte…
    Nem tudo que vem do Japão deve ser endeusado. Nem tudo é bom.

    Muitos pontos da sociedade devem ser enaltecidos, como o respeito ao idoso e a educação infantil. Mas, no que diz respeito às questões sexuais… Não, não deve ser enaltecido porque o Japão é um país milenarmente machista.

    Este post se faz necessário sim.
    Inclusive Mara.. você poderia fazer um post dos malefícios do machismo para os homens… Afinal, O universo machista tira dos homens alguns direitos que eles têm… Como cuidar de si mesmo, poder chorar.. coisas assim…

    Abraços,

    Sandra Monte
    http://www.papodebudega.com

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  42. O legal é que o povo adora cagar em cima de Saint Seiya sendo que esse é o único anime em que a agressão a mulher é mostrado como sendo algo errado desde o início,a única vez em que issso acontece é na saga de hades e todo mundo sabe que o ikki é mal … desculpa é só um desabafo …

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