Aleatoriedades

O sumiço da Newpop… (maaaais uma vez o mesmo tema…)

Boa noite, minna! Um dos melhores quadros da televisão brasileira, logo depois daquele quadro maravilhoso que a Narcisa tem homenageando Andy Warhol, é o Proteste Já do CQC. Nesse quadro, os políticos são cobrados por problemas reais, dão um prazo para a resolução e depois de um tempo a equipe volta pra ver o que não mudou.

Como estavam me acusando de ser injusta com as editoras, decidi fazer justiça e falar mal de todas igualmente. Por isso, vamos falar hoje da Newpop, a editora mais problemática do país. Depois de um sumiço de meses sem a menor justificativa, seu dono e faz-tudo Junior Fonseca foi ao site Jbox (porque aqui no MdOM ninguém quer vir, né?) dar uma declaração sobre a editora. Seis meses depois do sumiço, mas tá valendo né?

Nessa entrevista, ele fez algumas colocações interessantes, vamos relembrar as melhores, com comentários do empresário Roberto Jutsu:

“Essa pausa realmente foi necessária e, pela primeira vez, o fato de sermos uma empresa pequena e compacta foi uma vantagem. Nesse período negociamos muita coisa, resolvemos problemas e colocamos a casa em ordem para que em 2012 possamos trabalhar normalmente, sem problemas e atrasos.”

(Roberto Jutsu comenta: Uma empresa que se diz pequena e desorganizada será sempre pequena e desorganizada. Você está… demitido.)

“K-ON! sempre foi bimestral e também deixei o pessoal avisado que haveria uma distância maior entre o primeiro e o segundo volume pois queria ver o resultado em bancas para adequar a tiragem do volume 2. (…) Mas em janeiro tudo volta ao normal. Hetalia é um caso a parte, ele só saí a partir de janeiro por conta de um pedido da editora original.”

(Roberto Jutsu comenta: Das promessas de Janeiro apenas metade foi cumprida. Isso é falta de comprometimento com o público e, por causa desta atitude, você está… demitido.)

“É um baita mangá, o CLAMP é muito profissional e seria uma honra termos séries delas em nosso catálogo.”

(Roberto Jutsu comenta: O próprio site oficial das autoras já confirmou que a Newpop é a dona dos direitos do mangá. Fazendo-se de desentendido quebra os laços de confiabilidade no mundo corporativo entre a empresa e o consumidor. Por causa disso, você está… demitido.)

“Em janeiro teremos K-ON! volume 2, Dororo 4 (edição final) e a partir de Fevereiro teremos todo mês no minimo um título nas bancas. Temos muitas novidades para anunciar, mas acho que antes de fazer isso, precisamos voltar à ativa como nosso público espera.”

(Roberto Jutsu comenta: Estamos em Março já e não houve um único lançamento no mês de Fevereiro, mostrando que o empresário rompeu o… como é mesmo o nome? Ah, Yubikiri! Ele rompeu o yubikiri com os leitores, por isso você está… demitido.)

 ***

Obrigada, Roberto Jutsu, pela participação no MdOM. Agora vamos falar um pouco sério, não é? A última vez que falei sobre a Newpop aqui no MdOm foi neste post AQUI do dia 19 de Outubro. Vamos relembrar as críticas que eu disse?

– Reclamei que o Twitter da editora não era atualizado desde Julho

– Suspeita de sumiço causado por problemas de saúde do dono

– Sumiço dos lançamentos

Agora, em 2012, período que supostamente estaria tudo bem, o Twitter da editora está tão atualizando quanto a enciclopédia Larousse de 1998 que está no meu armário, houveram minguados lançamentos e mais anúncios sem prazo algum. Que evolução, não é?

Às vezes eu me sinto meio maluca, sabe? Por criticar coisas que parecem que só eu enxergo. Em todos os posts que falei algo da Newpop, sempre tinha um monte de otakus que foram falar “Ah, mas o papel é ótimo” ou então “É uma editora pequena, dá um crédito”. Me desculpem, mas quem se contenta com mediocridade é medíocre também. Não tenho nada contra empresas pequenas, mas tenho contra empresas pequenas que usam o tamanho como desculpa para justificar a completa inaptidão empresarial.

Pelo menos, não sou a única que enxerga as coisas dessa maneira. Confiram o print screen maroto que tirei convenientemente por achar que precisaria dele um dia:

Ah bom, então o problema são os dois empregos da pessoa. Aliás, mais, porque numa busca pelo Facebook você encontra pelo menos quatro funções distintas. Não que isso justifique muita coisa, pois nunca vi o pai do Chris atrasando suas funções por ter vários empregos.

Os problemas da editora são tão recorrentes que eu posso colar aqui parágrafos inteiros da minha crítica anterior e vai continuas a mesma coisa: falta foco, falta profissionalismo e muito mais. E ainda disse na entrevista do Jbox que a reestruturação de meses serviu para que em 2012 não tivesse atraso. De um carrinho de pipoca a uma multinacional, ninguém faria uma reestruturação tão demorada assim… e nem tão pouco efetiva.

Já que os problemas são os mesmos e as promessas simples para 2012 não foram cumpridas, como ter pelo menos uma coisa lançada por mês, pelo menos vamos nos divertir imaginando o motivo de tanta desorganização, né? Agora é com vocês!

PERGUNTA: Por que será que a Newpop parou?

(a) Roberto Justus baixou na Newpop e demitiu todos os colaboradores, deixando o Junior fazendo tudo sozinho.

(b) Marcelo Del Greco baixou na Newpop e mandou todo mundo pintar zebras.

(c) Osamu Tezuka baixou na Newpop para puxar o pé de quem assinou o contrato de publicação de suas obras lá.

(d) O Esquadrão de Captura a Falsos Testemunhos baixou na Newpop atrás do dono pelas promessas não cumpridas. O próximo da lista é o José Serra.

(e) Outra resposta (Escrevam nos comentários) ______________________

26 comentários em “O sumiço da Newpop… (maaaais uma vez o mesmo tema…)

  1. Mara, eu adoro seu blog, entro nele todo dia. Só conheci mês passado, e estou lendo os posts antigos.

    Poderia te dar uma sugestão de pauta? Queria que você falasse sobre os estúdios de dublagem brasileiros.

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  2. Roberto Jutsu. Eu ri.

    Sobre o que o sujeitinho disse, gostei do…

    “K-ON! sempre foi bimestral e também deixei o pessoal avisado que haveria uma distância maior entre o primeiro e o segundo volume pois queria ver o resultado em bancas para adequar a tiragem do volume 2”

    Ou seja, o que era pra ser bimestral não seria bimestral por que dependeria do cara analisar o quanto o 1 vendeu pra só depois lançar o 2.

    Eita profissionalismo. Eita cara esperto. Gênio do mercado editorial. E olha ali no print o Sakuda tentando passar um pano pro cara.

    Vou te falar… Dessa turminha que trabalha com mangá no Brasil não se salva um hein?

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  3. A Mara criticou mas cometeu um erro que é clássico da New Pop: A Revisão. (ou então o modo Ba-Chan ainda não foi totalmente desligado da Mara XD)

    A resposta é “Faz tudo parte do keikaku do Junior-kun” (ver notas no glossário de qualquer mangá da panini)

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  4. A New Pop tá rivalizando com a Ação Magazine, por isso o atraso, ela não quer perder depois de meses na liderança! Sabe como é essa coisa de rivais nos mangás, né?

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  5. Roberto Jutsu. Eu rí. [2]

    Olha, eu esperava pelo menos um pouco mais de compromisso por parte da New Pop com os leitores, mas estou vendo que não dá para esperar nada mesmo dessas editoras brasileiras xinfrins…

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  6. “pois nunca vi o pai do Chris atrasando suas funções por ter vários empregos.”

    Nós não sabemos disso! O seriado tem censura livre!
    Um homem com 2 empregos não tem condições de cumprir as suas funções com sua esposa!

    PS: Não estou defendendo ninguém.

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  7. Agora imagina uma pessoa com 4 empregos! É claro que alguma coisa não será feita de forma adequada.

    Mas se a gente for pensar, de verdade, existe algum problema muito sério e pontual com a editora. Se ela produzia, editava, traduzia e tudo (independente de bom ou ruim) o que será que aconteceu para que ela parasse?

    Tenho certeza que existe um motivo para isso

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  8. e) A NewPOP fez uma aposta com a gráfica da JBC pra ver quem ficava mais sumido, Kobato ou a NewPOP, a NewPOP venceu.

    @Daniel: Mas é lançamento de Janeiro, Fevereiro cadê

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  9. Desculpa Mara mas eu acho que você disse uma besteira. Não estou defendendo a New Pop, mas você disse ” De um carrinho de pipoca a uma multinacional, ninguém faria uma reestruturação tão demorada assim… e nem tão pouco efetiva.” Tenho que discordar, porque grandes empresas (o que não é o caso da New Pop) demoram sim muito tempo em seus processos de restruturação (isso pode demorar anos), mas com relação a efetividade, você está certa pois a vantagem das pequenas empresas sobre as grandes é serem mais fáceis de se executarem mudanças e que estas possam gerar resultados mais rápidos… Sinceramente esse Junior Fonseca deveria ler umas Pequenas empresas grandes negócios da vida pra aprender alguma coisa sobre gestão….

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  10. Sim, pq grandes empresas possuem processos diversos e complexos, diversos departamentos ou setores etc. etc.

    Uma empresa pequena como essa não demoraria tanto e que tipo de reorganização faz com que se perda eficiência e faça com que seus clientes se perguntam cada dia mais sobre o que ocorre?

    Enfim, acho que uma pesquisa na internet meio que responde o que aconteceu… Acho que estamos mais para a resposta (a)…

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  11. Quer outra Sugestão de editora que tá de filhada**tagem com os consumidores? SAVANA! Cadê? Cadê? Virou história… E das muito ruins…

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  12. O Junior deveria ser sincero e dizer que a editora não é pequena, é de garagem mesmo. Não há profissionalismo algum. Poderia contar logo que a editora só anda na base das vendas do último título em banca mesmo. Ou seja: se K-on 1 vende bem, sai logo Dororo 4. Mas se Dororo 4 vende mal, aí qualquer outra coisa que eles vão lançar demorará pra sair, já que cada volume da NewPop é que paga o seguinte. A HQM foi a mesma coisa, uma turminha de nerds cansada do descaso das grandes editoras de quadrinhos [Panini, Abril e Devir, na época] decidiu abrir uma editora com a grana que possuíam. Conseguiu colocar umas poucas coisas nas bancas, de editoras pequeníssimas americanas e têm uma média de, sei lá, 0,7 lançamentos por ano. Na NewPop não vejo planejamento, não vejo marketing, não vejo esforço algum pra sanar o problema desde a estréia dela em DOIS MIL & SETE que é a distribuição. Infelizmente, a NewPop é uma editora com qualidade gráfica legal, mas com lançamentos muitas vezes irrelevantes e competência alguma.

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