Aleatoriedades

Aquele animal em extinção na imprensa especializada, a Autocrítica

Fabio Garcia

Existem duas coisas que eu não sei. A primeira é a tradução do verbo “to resume”, e a segunda é o motivo porque as pessoas não aceitam críticas.

Bem, vejam o que deu no… Mais de Oito Mil:

Difícil pensar o que surpreende mais, se é a blogueira imbecil não saber traduzir uma notícia simples ou se é o Sadamoto anunciar, horas depois desse post apagado, que Evangelion estava a poucos capítulos de terminar.

Mirou no furo de reportagem e acertou na Mãe Dinah.

***

(@maisdeoitomil)

18 comentários em “Aquele animal em extinção na imprensa especializada, a Autocrítica”

  10. porque Einstein acertou pra caralho quando errou.

    sim, eu sei o que é metonímia. só que sou chato.

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  12. Putz. Nem sei se é verdade ou se é só trollagem (pelo que vejo das pessoas comentando, é bem provavel que seja sério mesmo), mas parece que o BK morreu. (Pra quem leu a maioria dos comentários no post da ação magazine, o BK a que me refiro é o J. R. Pereira.)

    No facebook dele estava o seguinte texto.

    “Depois de uma batalha árdua por sua vida nesses 24 dias, no dia 9 de fevereiro, às 15:oo horas, falece o escritor e querido pai de família, José Roberto Pereira.
    Sua jornada não foi nada fácil. Enfrentou sessões torturantes de injeções, incerteza por parte de médicos, e a pior de todas, a espera infinita pela melhora.
    Seus últimos dias mal estava consciente, desprovido de sua dignidade e seu corpo moribundo manipulado e com tubos a entrar a até por sua garganta adentro, calando-o sem poder protestar ou mesmo expressar sua indignidade.
    Ele nem pôde se despedir direito.
    Seu corpo enfim desistiu da luta, com o coração a parar de funcionar em uma tarde quente de fevereiro.
    Restou uma família que o respeitava e sobretudo, amava-o tanto quanto se podia a ter por um homem que possuía uma visão e opiniões fortes e verdadeiras sobre o mundo.
    Suas ideias não morrerão junto à sua carne depositada sob uma laje quente. Nem muito menos suas histórias terão fim como sua vida, marcantes e limitadas às palavras.
    Ele viverá para sempre em nossas memórias e sobretudo, em suas histórias e livros que ganharam o mundo e mentes que o compreenderam e o respeitaram.

    O Universo está completo pois uma de suas estrelas se juntou à ele, deixando um rastro de luz que iluminou mentes e corações.
    A nos resta seguir nossas jornadas por vales de mentiras, rios de ódio e desertos de indiferença. E pela pior de todas, o mar de ignorância que muitos teimam em ficar mergulhados.

    Paz a todos.”
    ____________

    Nem sei se é o certo falar disso aqui, mas coom o cara já fez parte de alguma coisa do blog (mesmo que seja só em algumas brigas nos comentários hehehe), fica aqui o aviso a quem interessar.

    R.I.P.

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  13. Complementando o que disse aí o nosso Luiz Fernando, parece certo que essa sumidade do mercado editorial nacional veio a falecer recentemente. Deu no Olhar Irreal, http://marciasaito.wordpress.com/ escrito por Marcia Saito, esposa dele, que ele sucumbiu no inicio deste mês.

    Imagina-se que todos os desafetos do homem vão agora sapatear e soltar rojões, mas eu mesmo penso que esse é um fato que não deveria passar em vão mesmo pela imprensa especializada (pff), simplesmente por perdermos um dos mais fortes críticos da condição do mercado de quadrinhos que óbviamente não vai lá essas coisas, embora o pessoal no pináculo da pirâmide force a idéia de que tudo está bem, todos devem continuar sonhando e que um dia todos serão sensei-mangaká >.>

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  14. Finalmente, penso que ele póstumamente deveria receber o merecido reconhecimento, por suas idéias, por suas críticas e por seu legado. Ele nos deixou aí sem poder realizar todos os seus ambiciosos projetos, e por todo os sonhos que ele tinha, não deveria jamais cair no vazio do esquecimento.

    R.I.P. BK.

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  15. Concordo com o RicardoSavageStrike. E é fato – asqueroso, é verdade – que todos aqueles que o BK atacava (virulentamente, sempre é bom ressaltar) respirarão aliviados, porque finalmente poderão se repastar nos festins da baixa adulação mútua que rola nesse meio torpe como é o da “HQ” “nacional” (notem bem as aspas!), sem se sentirem incomodados com alguém a lhes esfregar na cara o dedão sujo (como o BK costumava dizer) e apontar todos os equívocos, falhas, falcatruas e negociatas que os mantinham sempre em voga, enquanto outros (a maioria) se fodiam de verde amarelo e jamais conseguiam visibilidade. É um cara cujas IDÉIAS farão falta, pois acho muito difícil que o grande público de HQ’s (entre profissionais da área e consumidores) lamente a perda da pessoa, dado seu jeito “metafisicamente violento” de ser…

    E você, Mara, que coisinha boba desabilitar comentários para que não falássemos do Zé no post correspondente! Achou que não íamos comentar no post logo abaixo? Santa ingenuidade, Batman!

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  17. Hehe. Acho que até entendo a Mara. É meio dificil anunciar a morte de um cara que era conhecido, entre outras coisas, como o “rei dos trolls”. Até porque, aquele texto publicado no facebook dele (e o outro no da esposa dele) ficaram um pouco, vá lá, “teatrais”.

    Pelo pouco que eu conheci do Zé, se essa história toda fosse uma piada, seria algo bem nesse estilo e se fosse sério, seria também, por isso essa dúvida geral de quem está de fora. E outra. Como a propria Mara falou, ele não era santo. Arranjou várias brigas em vários lugares diferentes e com isso poderia aparecer alguem nos comentários pra xingar e desenterrar alguma história que nem vale mais a pena comentar, então acho que a Mara acertou em manter os comentários fechados naquele post e manter ali um certo decoro.

    Bom, sendo tudo verdade, (creio que é) é uma grande perda. Apesar do estilo grosso do Zé, de xingar e bater boca com a molecada (e os tiozões metidos a moleque), ele falava muitas verdades do mercado de HQ’s brasileiro. Tem uns podcasts dele que colocaram no youtube, que são uma verdadeira aula pra quem está afim de criar uma história, personagens e saber como funcionam as coisas pra quem quer publicar algo.

    Ele não tinha medo de falar e nem ficava escolhendo palavras para criticar algo que ele achava que estava errado. A merda é que nem todo mundo que é criticado está preparado pra ouvir uma crítica, o que contribuiu pra fechar muitas portas pra ele na hora de publicar os livros dele. Mas é aquela história, se nego não tem estrutura pra levar na esportiva e tirar algo de útil de uma crítica, por mais mal educada que ela seja, então essa pessoa não está preparada pra publicar o trabalho dela em lugar nenhum.

    Enfim. Nem sempre concordava com o que o BK falava, muitas vezes não concordava com nada, mas sempre respeitei o Bk por ser uma pessoa verdadeira e sincera e esse tipo de pessoa sim que é espécie em extinção.

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